Tal como era previsível, tal como tinha prognosticado, aconteceu um dos três resultados possíveis.
Estranho, verdade?
Não que esse resultado seja condizente com o que se passou em campo mas, nem sempre ganha a equipa que melhor joga.
Claro
que dói um pouco assistir e analisar um jogo que perdemos
ingloriamente, mas pior seria se perdêssemos e tivéssemos ficado com uma
sensação de vazio.
Jorge
Jesus veio, uma vez mais, vangloriar-se das qualidades intrínsecas da
sua equipa, do futebol praticado e de um sem-fim de predicados. Então,
por esta ordem de ideias devemos estar eufóricos, pois perante um
adversário de tal valia, sermos superiores em todos os capítulos do
jogo, deverá fazer aumentar ainda mais os nossos índices de confiança.
O jogo começou, ao contrário do que prognosticara o treinador encarnado,
quase com um só sentido, e a primeira ocasião de golo viria mesmo a
pertencer-nos, com um bom remate de cabeça de Wolsfwinkel.
É que mesmo contra 11, o Sporting foi quase sempre superior.
É que mesmo contra 11, o Sporting foi quase sempre superior.
Poucos
minutos depois, na cobrança de um canto, Gaitán tem um espectacular
remate ao poste para, ainda com os ecos dessa oportunidade a soar,
Schaars também estar perto de inaugurar o marcador. Numa fase morna e de domínio repartido, viria a ser o Benfica a fazer o único golo do jogo, à
imagem da primeira ocasião que desfrutaram e ...de outros anos, fruto de um
pontapé de canto.
Foi o canto do cisne...para o Sporting.
Para
piorar o cenário, Matias tinha-se lesionado, que perante o actual
contexto toma proporções acrescidas. Carrillo, supostamente na forja
para massacrar a defesa encarnada quando esta estivesse mais debilitada,
teve que antecipar a sua entrada, e alterou
radicalmente os planos de Domingos, pois também limitou drasticamente as variantes tácticas para o segundo tempo.
A
2ª parte voltou a proporcionar boas ocasiões para o Sporting, a mais
evidente um remate de Elias que chegou a dar a sensação de golo, após
boa recuperação de bola de Wolfswinkel, para lá de uma outra do médio
brasileiro, de cabeça, a corresponder a cruzamento de Carrillo.
Curiosamente,
foi no período posterior à expulsão de Cardozo, e à troca de Carriço
por André Santos, que o Sporting, estranhamente, deixou de se aproximar
com perigo à área do Benfica.
Essa
readaptação táctica demorou uma eternidade a acontecer, e só nos
últimos minutos se tornou asfixiante a pressão leonina, com mais umas
oportunidades para dar justiça ao resultado, interrompida por uma
ocasião de Rodrigo que ainda conferiria um resultado mais enganador.
Tal
não foi possível, mas ficou vincada a capacidade de uma equipa em
construção, depauperada das suas unidades mais influentes, no terreno da
equipa que se pode gabar de ainda não ter perdido em competições
oficiais, e treinada pelo rei da táctica.
Penso que devemos estar orgulhosos da postura e exibição conseguidas.
Quanto
à sempre ambígua questão da arbitragem, começou praticamente com uma
decisão inacreditável de João Capela, que talvez na intenção de segurar o
jogo a nível disciplinar, fê-lo da maneira mais injusta possível, ao
punir um corte limpo de Elias com cartão amarelo. Mérito para Garay, que
cedo aprendeu a mergulhar na piscina da Luz,
talvez fruto de excelentes professores de saltos. Aliás, foi recorrente o
recurso a esse estratagema, em que João Capela foi caindo
sucessivamente, até meio da segunda parte, em que finalmente deixou de
sancionar os mergulhos sucessivos de Rodrigo, Aimar, Gaitán & Cª.
Carriço
também sofreu do excesso de zelo, ao ser admoestado após um corte limpo
sobre o maior piscineiro que há memória, e Carrillo também foi
amarelado por empurrar uma bola para fora...mas Jesus só se refere ao
lance de Cardozo para ilustrar o prejuízo que a sua equipa sofreu.
Também
no capitulo dos fora-de-jogo fomos prejudicados, felizmente sem
incidências de maior. É que Elias e Capel fizeram justiça, ao falhar
claras ocasiões de golo. Teria sido um grande problema se alguma dessas
ocasiões entrasse, pois foram indevidamente anuladas pelo fiscal de
linha que acompanhou o ataque do Sporting na 2ª parte.
É
por demais evidente o jogo de bastidores contra o Sporting , tendo
Jesus aproveitado a flash interview para realçar os jogos que o
Sporting tem jogado contra equipas em inferioridade. Denota alguma
preocupação, mas eles sabem que uma mentira reiterada e repetida, talvez alcance os seus propósitos.
Basta ver os comentários de adeptos à saída do estádio, para percebermos como se faz passar essa mentira de boca em boca.
A
verdade é que, após o tal jogo de P.Ferreira que os adversários advogam
como ponto de viragem (para mal dos seus pecados) o Sporting
"beneficiou" justamente, de uma expulsão no jogo com o Rio
Ave...na 5ª jornada, voltou a acontecer à 9ª jornada, contra o
Feirense e na 10ª o jogador do Leiria é expulso ao minuto 92. Pelo meio
ficámos sem Rinaudo em Guimarães, em mais uma apreciação descabida.
Domingos,
mesmo perante a derrota, soube ou quis retirar protagonismo ao trio de
arbitragem. Jesus, fruto da sua personalidade controversa, ou a mando de
neurónios mais habilitados, preferiu destacar as pretensas ajudas que o
Sporting está a usufruir
Querem fazer crer que há modelos a seguir, há quem se deixe iludir e acredite que a erva do outro lado do monte é mais verde, mas a verdade ficou patente do derbi.
Querem fazer crer que há modelos a seguir, há quem se deixe iludir e acredite que a erva do outro lado do monte é mais verde, mas a verdade ficou patente do derbi.
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