Ainda hoje confidenciava ao presidente do nosso Núcleo a minha desilusão com o actual momento do Sporting.
Cada
um gere as emoções à sua maneira, e pode haver quem consiga ultrapassar
este triste capítulo da nossa história com à vontade, mas pela minha
parte confesso que nem sequer consigo enfrentar o pesadelo da
classificação.
Tenho tentado abstrair-me do campeonato, mas quando dou por mim a tentar saber o resultado do Moreirense ou do Beira Mar volto a engolir em seco e a fechar-me no casulo.
A
minha televisão salta de canal em canal, cada vez que fala do Sporting,
não sei se para me proteger a mim da sublime vergonha, ou para evitar
que a minha filha se aperceba do pesadelo.
Por todos estes motivos tenho moderado as minhas publicações.
Também,
como já disse numa outra altura, porque estou farto de intrigas e
politiquices, predicados que têm feito o dia-a-dia do clube, nos
intervalos das derrotas do seu futebol.
O pouco que tenho lido não me deixa minimamente descansado.
Por exemplo, ler "da boca" de Severino que "Depois do que soube ontem (segunda-feira), o Sporting quase que tem de ser fechado e começar de novo",
bem como outros tesourinhos que vão sendo desenterrados, reafirmo a
minha convicção de que o futuro é assustador e dificilmente recairá em
qualquer dos candidatos a proeza de salvar este gigante moribundo.
Tento,
por isso, amainar a minha curiosidade pela actualidade leonina com
notícias que não estejam dependentes de golos nem votos.
O pior é que nos apartados transversais ao futebol também as notícias não são animadoras.
Eu
sei que o negócio de Izmailov, mesmo que a maioria de nós o tenhamos
desaprovado, faz parte do passado, mas ao ler as declarações de Domingos
acerca desta amostra de gente, faz-me pensar.
"A
questão do Izmailov é uma questão de honestidade ou se calhar eu não
soube tirar tudo dele. Olhando à intensidade com que joga atualmente,
alguém estava mal: ou o departamento médico ou o departamento técnico ou
então o profissionalismo dele".
Pelos vistos, a maçã contaminou as restantes.
Com testemunhos como este, quase apetece dizer que mais valia tê-lo deixado apodrecer em Alvalade.
O que vale é que hoje há futsal.
Acredito que a equipa, uma vez mais, nos deixará orgulhosos.
Se o jogo não correr de feição, acredito que ficaremos igualmente orgulhosos da sua entrega e dedicação.
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