Ontem
foi dia de derby menor e, se a derrota perante o Benfica B pode sempre
deixar marcas psicológicas, pior foi constatar que, por muitas voltas
que o mundo dê, o relacionamento do Sporting com o sector da arbitragem
vai ser sempre complicado.
O
quadro de árbitros vais sendo reciclado, porque os Martins dos Santos
desta vida não duram para sempre, mas o cenário não melhora.
O
recém empossado Bruno de Carvalho não esperou muito para marcar a sua
posição, mas o que eu não estava à espera (ou talvez estivesse) é que
inúmeros sportinguistas se apressassem a criticar asperamente o
comportamento do presidente.
Talvez sejam ainda resquícios de alguma desilusão do acto eleitoral.
No
meu entender, se os problemas financeiros do clube são os mais difíceis
e mais prementes para resolver, o défice de respeito que a classe
arbitral tem para com o nosso clube vem logo a seguir, em termos de
importância.
O Sporting tem ziguezagueado na tentativa de resolver ou amenizar o problema.
Tentou-o na política de alianças com um dos vértices do poder mas, onde se tentou encostar só dá para comer um.
Já se mostrou compreensivo ou até indulgente para com o tratamento recebido, mas o resultado foi o do costume.
Já protestou, como ontem fez Bruno de Carvalho, e o resultado foram castigos e boicotes.
Nos últimos tempos optaram pelo silêncio, sem aparentes diferenças, com a agravante de que quem cala, geralmente consente.
Os
dois grandes beneficiados com a bipolarização do futebol português vão
"cantando" a solo...ou em dueto, conforme a música do fim de semana
passado ou seguinte.
Como
geralmente saem beneficiados os protestos têm sido poucos e, pela parte
do Benfica, tem sido curiosa a quase ausência de críticas, prova de que
tudo corre sobre rodas.
Já
Pinto da Costa sempre falou, mesmo quando ganhava de forma estranha,
numa tentativa de manipular e/ou confundir a opinião pública.
O
universo sportinguista sempre se indignou com a diferença de tratamento
de que somos vítimas mas, mesmo que poucos tenham a solução, é unânime
que não podemos ficar eternamente à espera que as coisas se resolvam por
si, pois aí só agravaremos a distância que se está a cavar para os
rivais.
No entanto, muitos foram lestos a indignar-se perante uma tomada de posição enérgica de Bruno de Carvalho.
Provavelmente os mesmos que acharão normal se PdC ou LFV abrirem a matraca para defender os seus interesses.
Imagino
que não se abata a passarada com comunicados, tal como não é com
vinagre que se apanham moscas mas, dado que os métodos utilizados
anteriormente não tiveram resultados, ao menos que todos fiquem a saber o
que nos vai na alma.
Nem que isso signifique mais um boicote da classe.
Aliás,
seria óptimo se Soares Dias, Bruno Paixão, Cosme Machado, Carlos
Xistra, Duarte Gomes, João Capela, João Ferreira, Paulo Batista,
Olegário Benquerença, Rui Costa, Rui Silva ou Pedro Proença, entre
outros do bando, nos boicotassem de vez.
Haveria
por certo árbitros de categorias inferiores mas com categoria e
idoneidade mais que suficiente para fazer esquecer a passarada.
A lógica dos rivais é....mais vale um pássaro na mão que dois a voar.
A nossa deverá ser...mais vale os pássaros a voar!!
A lógica dos rivais é....mais vale um pássaro na mão que dois a voar.
A nossa deverá ser...mais vale os pássaros a voar!!
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