Braga 2 Sporting 3
Parece próprio do dia das mentiras mas, felizmente, foi uma palpável e agradável verdade.
O Sporting, contra tudo e contra todos, venceu um jogo que parecia condenado a perder.
Depois da pouca vergonha de Rio Maior, onde o Sporting B foi gozado publicamente, a história voltou a repetir-se, tal como se repete há anos.
Perante as críticas de Bruno de Carvalho ao bando de pássaros que paira sobre o Sporting, a resposta foi imediata e eficaz.
É que a pouca vergonha não tem limites e a impunidade é um bem precioso.
Passando o Sporting pelo período mais negro da sua história, fruto da própria incompetência mas graças também às preciosas garras invisíveis que venho desde sempre denunciando, uma vitória como esta, que deveria ser (e foi anos a fio) uma obrigação do Sporting, tornou-se hoje numa emblemática e saborosa chapada de luva branca, precisamente pelos contornos de que se vestiu.
Os três tiros certeiros de Wolfswinkel derrubaram um Braga em bicos de pés mas também foi capaz de atordoar um trio de abutres prontos para atacar o moribundo leão.
Claro está que esta vitória não apaga nada do que aconteceu desde o início da época, e nem sequer nos fez subir um lugar na classificação mas, pelo menos, reacende a esperança de ainda chegarmos a um lugar europeu que é geneticamente nosso.
A luta pelo 5º lugar será árdua e complicada, pois ainda teremos saídas à Luz (onde a passarada voltará a atacar em força) ou a Paços de Ferreira mas, até lá, não há que esbanjar mais pontos com adversários ao nosso alcance.
Entretanto, no rescaldo do jogo, devo dizer que, em muito tempo, gostei de ver a atitude dos "nossos" paineleiros nos programas desportivos.
Eduardo Barroso foi incisivo e coerente nas críticas produzidas e o mais acomodado Dias Ferreira abandonou o programa, no meio de uma intensa gritaria.
Parece que a chegada de Bruno de Carvalho teve o condão de acordar algumas almas adormecidas.
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