Os últimos dias têm sido de intenso sobressalto para os frágeis corações leoninos.
Se infelizmente nos fomos habituando a longos períodos de jejum no que respeita a títulos, nos tempos mais recentes tivemos que nos moldar a uma nova realidade, e até a habitual presença entre os melhores foi-nos retirada.
Após
o último acto eleitoral, mesmo que (quase) todos nós estivessemos
conscientes que a grave situação financeira não se resolveria com um
simples estalar de dedos, acreditámos que um rumo diferente poderia ser
traçado.
Os mais crentes pensam que esse rumo será melhor...outros acreditam que será pior, conforme a sua tendência de voto.
Os
crentes decerto não estariam à espera que os pedregulhos deixados no
caminho do Sporting ganhassem vida própria e, teimosos, tentassem
obstruir, de qualquer modo, o caminho para o futuro.
Os
cépticos (já que de qualquer maneira o Sporting não ganha) poderiam
ficar com a vitória moral de achar que tinham razão, ao desconfiar do
candidato/presidente.
Já ficou provado, há muito, que não é um mito urbano o facto de haver sportinguistas que desejam a derrota do seu clube.
Assim,
no turbilhão de notícias dos últimos dias, foi possível ler e ouvir de
tudo um pouco, quer dos notáveis, sócios, adeptos e jornalistas.
De alguns, ainda antes de começarem a falar, já sabemos ao que vêm.
São aqueles, sobejamente conhecidos, que de cada vez que abrem a boca...ou entra mosca ou sai asneira.
Foi assim que ficámos a saber que, com Bruno de Carvalho ao leme das negociações, não seria possível fintar o destino, porque a banca não iria negociar com um garoto.
Carlos Barbosa disse, entre outras alarvidades, que:
"A liderança do Sporting está entregue a um garoto que anda muito
excitado, aos pulos ao lado do treinador cada vez que o Sporting marca
um golo, mas não tem capacidade para gerir um clube. Agora, vai ter de
pedir a quem votou nele o dinheiro para tapar os buracos do Sporting,
porque era evidente que não tinha capacidade nem para negociar com a
banca nem para apresentar um plano".
Já Paulo
Paiva dos Santos, ex-candidato na lista de Pedro Baltazar, nome que
curiosamente também surge na recente entrevista de Daniel Sampaio (que
raio de novelo, com tantas pontas soltas), também alinhou pelo mesmo
diapasão, e não deu mais que um ou dois meses à frente dos destinos do
clube.
Quinze dias já passaram.
Força Bruno, já só falta mais mês e meio!!
Entretanto, a SAD leonina enviou hoje um comunicado enviado à CMVM."A
Sociedade informa que foram concluídas as negociações entre o Grupo
Sporting e os Bancos financiadores, Banco Espírito Santo SA e Banco
Comercial Português SA no âmbito das quais foram definidas as bases
gerais do plano de reestruturação financeira", revela no documento.
A Sporting SAD adianta ainda que "a reestruturação financeira é crucial para o Grupo Sporting, e em concreto para a Sporting SAD, na medida em que permitirá à Sociedade, por um lado, elevar os seus capitais próprios, criar condições para assegurar o cumprimento dos requisitos do Fair Play financeiro exigidos pela UEFA para a participação nas competições europeias e, por outro lado, dotar a Sociedade dos meios necessários à gestão da sua atividade".
A Sporting SAD adianta ainda que "a reestruturação financeira é crucial para o Grupo Sporting, e em concreto para a Sporting SAD, na medida em que permitirá à Sociedade, por um lado, elevar os seus capitais próprios, criar condições para assegurar o cumprimento dos requisitos do Fair Play financeiro exigidos pela UEFA para a participação nas competições europeias e, por outro lado, dotar a Sociedade dos meios necessários à gestão da sua atividade".
Claro
está que, tal como ontem não escrevi uma linha acerca deste assunto,
para evitar análises precipitadas, também terei que saber em que bases
assenta este acordo, mas não deixa de ser curioso que o garoto tenha
alcançado algo para o qual não estava capacitado.
É
motivo para acreditar que, nos últimos dias antes do acto eleitoral, o
garoto Bruno e o seu grupinho de amigos se tenham dedicado a jogar
Monopólio, por forma a prepararem-se para a nova realidade.
De uma coisa tenho a certeza.
Quem deixou o Sporting no estado em que se encontra, merecia passar o resto do jogo na casa mais indesejada, que se encontra no canto inferior esquerdo.
Mais uma vez reafirmo, para os mais distraídos, que não estou a fazer a apologia cega do nosso presidente, porque reitero a ideia que, acima de tudo, pretendo que o Sporting saia vencedor.
Chame-se ele Bruno ou José.
Não
me agrada é que se faça uma campanha contra um presidente e (não esqueçamos)
uma direcção, que ainda nem teve tempo de aquecer o lugar.
Senhores o que se passa é simples.
ResponderEliminarÉ mais que obvio que se a situação financeira de uma dada instituição era saudavel, e agora passado uns anos esta pessima, todas as pessoas que tiveram inluencia nessa instituição durante esta transição falem, criem confusão e principalmente tenham muito medo do que se possa descobir sobre o periodo em que lá estiveram.
É isto que se passa no Sporting, com a agravante que depois existem simples adeptos, que nada tendo a haver com a gestão dessa instituição, pensam ser donas de uma grande sabedoria, e de um grande sentido democratico e de estado, e pensam sinceramente que correu tudo bem nestes ultimos anos no Sporting, e que a culpa do Sporting estar como está é da restante "tralha inculta", que principalmente nos ultimos 2 anos "impediu" que o Presidente anterior implementasse o seu brilhante projecto desportivo.
Vê-se o interesse dessas mentes brilhantes no bem estar do Sporting, que dizem ser seu clube, quando agora no meio de uma negociação pareçem defender mais os bancos que o proprio Sporting, e ficam todas escandalizadas porque finalmente os jornalistas(que antes eram maus e so queriam o mal do Sporting) são um bocadinho apertados numa Conferencia de imprensa.
Caro Pedro
EliminarAs evidências saltam à vista...de quem quer ver.
Preocupante é o número de pessoas que não quer ver, e particularmente pelo facto de nem sequer terem interesses pessoais nos factos que refere.
Todos têm (temos) o direito de duvidar da direcção recém empossada, precisamente porque nos últimos anos fomos obrigados a duvidar até da própria sombra.
Muito diferente de duvidar ou questionar é minar o trabalho que, eventualmente, possa ser ou vir a ser feito.
De facto, parece evidente que as eleições não acabaram, como era desejável, no passado dia 23.
SL e obrigado pelo comentário
Concordo com o post. Muito bem escrito. Parabéns
ResponderEliminarCaro anónimo
EliminarEsperemos que as notícias que hoje surgem nas publicações indiciem que, de facto, estamos num novo rumo.
Obrigado pelo comentário
SL