O jornal Roscof, ícone da
transparência e isenção, lança hoje na primeira página mais um título sugestivo.
“A quatro semanas do clássico com o porto, Jornal do
Sporting desenterra Apito Dourado.”
Parece que, para aquela gente, o
problema não é o acto de desenterrar, (adoptando a terminologia provocatória por eles
utilizada) mas sim porque se aproxima o clássico com o clube da fruta.
Ou, diria eu, nem uma coisa nem
outra.
A preocupação maior do Roscof é
promover esta guerra que alimenta diariamente.
Na sua versão online, a
publicação diz que:
“O objectivo não é incendiar o jogo com o FC Porto”,
assegura a Roscof uma fonte do clube de Alvalade,
quando questionada sobre os motivos que levaram o jornal a iniciar ontem a
publicação de quatro destacáveis sobre um dos episódios mais marcantes do
futebol português: o processo Apito Dourado, que envolve, entre muitos outros
protagonistas, altos dirigentes do FC Porto. Uma decisão polémica, no mínimo,
já que o último dos quatro destacáveis sairá para as bancas a 26 de Dezembro,
ou seja, três dias antes do embate com os dragões, em Alvalade, para a Taça da
Liga.”
Polémica, (no mínimo), dizem
eles.
Não será polémica a
classificação adulterada nem as inúmeras mentiras a que este lixo nos habituou nos últimos tempos.
Já é polémica (no mínimo)
desenterrar, exumar, desencovar, dessepultar ou dessoterrar a verdade, para
refrescar a curta memória de alguns.
A verdade é que desencovar o
Apito Dourado obriga-o a regressar à luz do dia, ao contrário do bafiento lugar
onde se camuflou.
Mesmo que o caso já esteja em
ossada, carcomida pelos bichos, nunca é demais recordar esta pequena página,
das muitas que foram escritas mas nunca divulgadas.
A verdade é que o jornal Sporting
é do clube e dos sportinguistas, e por esse motivo diz o que quer e quando quer.
A verdade é que o roscof diz-se
um jornal de âmbito nacional, mas a coerência e isenção apresentada fará com
que, ao contrário do Apito Dourado, seja enterrado aos poucos. Pelo menos para a maioria
dos sportinguistas.
Já do jornal Sporting todos
sabem a linha de raciocínio.
A linha editorial é a escolhida pelos
seus profissionais e/ou pelo clube, e não está sujeito a pressões ou a
interesses vindos de outros quadrantes.
Convenhamos que até o título é apropriado, ao desenterrar o célebre programa de discos pedidos, da rádio dos anos 60 e 70.
Era tudo a pedido, e toda a gente saía satisfeita.
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