Hoje quebrei uma promessa!
Tinha
dito para mim próprio, e publicamente aqui no blogue, que só voltaria a
ver um jogo quando a equipa me provasse, através de dois ou três
resultados, que estava na disposição de alterar o rumo.
Quebrei a promessa, e fui castigado por isso.
Deixei
de ver o jogo aos 75 minutos, aquando da expulsão de Boulahrouz, mas
passados uns minutos tive uma recaída, como que a querer acreditar que
os rapazes, hoje, poderiam querer demonstrar que tudo não tem passado de
um desafortunado acaso.
Pois
bem, em má hora o fiz, pois ainda fui a tempo de ver 10 matraquilhos a
defender um pontapé de canto e o Genk, sem ter feito nada por isso, a
vencer um jogo que não mereceu e a atirar-nos ainda para mais fundo, no abismo.
Curioso
que os jogadores belgas mal celebraram o golo, como quando uma equipa
vence outra nitidamente inferior. Pareciam que não tinham feito mais que
a sua obrigação, mesmo que esta época talvez não tenham tido muitos
jogos onde passaram tanto tempo a ver o adversário jogar.
Ainda só perderam uma vez esta época, e hoje foram nitidamente inferiores, mas souberam esperar.
Eles sabiam que pela frente estava o Sporting, ao qual basta criar uma oportunidade para marcar dois golos.
Torna-se
incompreensível que uma equipa que, supostamente, está refém da
intranquilidade e de jogar sobre brasas, jogue no seu sector mais
recuando arriscando, a cada passe, mais uma espera no aeroporto ou uma
cabeça na guilhotina.
Foi
assim que se ofereceu o golo do empate, numa invenção de Rojo que
originou um canto, foi assim que íamos sofrendo um golo numa reposição
rápida, após asneira de Rinaudo. Foi também numa perda de bola ofensiva
que foi expulso Boulahrouz, e foram de pontapé de canto os dois golos
adversários, qual deles o mas evitável, qual deles o mais ridículo, tal a
falta de atitude demonstrada.
Para quem acredita que o facto de estarmos com 10 jogadores teve influência no resultado, basta recordar que, nas facilidades do 1º golo, ainda contávamos com os matraquilhos completos.
Oceano fez o que provavelmente está ao seu alcance, mas há situações que estão para lá da nossa intervenção, e o treinador interino já tem a sua dose pois decerto constará do livro do Guiness, com 3 derrotas em 3 jogos.
Poderá ainda haver quem tenha a tentação de voltar a vincar que a sorte não quer nada connosco.
Sinceramente,
quando se perde há 4 jogos consecutivos, quando só se venceram 2 jogos
oficiais em 12 disputados, não há sorte ou azar que sirvam de
justificação.
É claro que esta equipa já demonstrou, o ano passado, que pode (e deve) fazer muito mais e melhor, mas os erros e falta de atitude que nos custaram pontos, eliminatórias, troféus e prestígio, esses, continuam a acompanhar a equipa e os jogadores.
Estes,
um a um, estão a escrever, todos os dias, a página mais negra do
futebol do Sporting, e parecem não se importar muito com isso.
Poderão
dizer que é a frustração que me leva a escrever esta crónica mas,
caramba, por muitas crises directivas e desportivas que tenha visto ao
longo de muitos anos, a corrente época está a ultrapassar tudo o que me
possa recordar.
Certamente virão dizer que..."há que levantar a cabeça".
Só se for a deles, porque a minha está a afundar-se a cada jogo.
O que torna o sportinguista diferente é mesmo isso, a incapacidade de virar as costas nos maus momentos. Tornam-nos ainda mais sportinguistas
ResponderEliminarCaro SP
EliminarOs adeptos já demonstraram, por inúmeras vezes, uma dedicação extrema mas, no presente momento, não sei até onde poderá chegar essa paciência. Acredito que as assistências em Alvalade irão ter uma quebra acentuada, mas só espero que, quem lá vá, continue a apoiar, pq para apupar já chegam as claques adversárias.
Obg pelo comentário
SL
Pareceu-me que no lance da expulsão do Bolo de arroz, antes tinha havido falta de um jogador do Genk... Pareceu-me!!!!
ResponderEliminarAté à expulsão o genk não tinha criado perigo no 2º tempo!
Sinceramente, não me recordo. Como ainda não acordei totalmente de uma espécie de estado de coma, tudo me parece muito vago e superficial.
EliminarPenso que terá havido uma tentativa de tabelinha, junto à área adversária, e realmente pode ter havido um contacto que, se fosse junto à nossa, provavelmente tinha sido marcado, mas não terá sido assim mt evidente, ou tínhamo-nos agarrado a isso, com unhas e dentes, para justificar o desaire.
Infelizmente perdeu-se porque voltámos a ser perdulários no ataque e, a defender, faltam adjectivos para definir aquela postura.
Mas, realmente, o Genk não fez (ou não deixámos fazer) a ponta de um corno, e a expulsão voltou a permitir que passassem do meio campo.
Tudo...mas tudo nos acontece.
Nem nos piores pesadelos isto seria possível.
Obg pelo coment