Palavras, leva-as o vento

O presidente do Sporting, Godinho Lopes, diz que tem identificados os problemas do clube e que «não existe o risco do Sporting acabar». 

Vamos por partes.

Prezo que GL tenha finalmente reconhecido os males que nos afectam, mesmo que essa tarefa tenha demorado quase meio mandato.

É que, deste modo, o propalado projecto apresentado por altura das eleições será de difícil prossecução, principalmente porque a equipa que o acompanhou já só vê pela televisão estas e outras declarações.

Segundo, só o facto de pensar em pronunciar a conjugação das palavras "Sporting-acabar" deveria ser motivo de preocupação, mas a realidade é que este é um tema que, cada vez mais, faz parte das conversas do dia-a-dia e das abordagens de alguns responsáveis do clube.

Este tema não devia ser tabu. Devia, simplesmente, nem passar pelos piores pesadelos de cada um de nós mas, infelizmente, já começa a ser recorrente esta abordagem.

Se as palavras do presidente me confortam?

Tendo em conta que há pouco tempo disse que Sá Pinto era o seu treinador para o triénio, digamos que não fico propriamente entusiasmado.

GL disse também que percebeu quais são os problemas do Sporting. São problemas de organização, de disciplina, de métodos e de respeito.

Por este andar, em breve poderemos ver o lema reconhecido por adeptos e adversários..."Esforço, devoção, dedicação e glória", ser trocado por este, bem mais realista para os tempos que vivemos.