Porque a vida é feita de altos e baixos...de boas e más notícias, a tarde de ontem trazia uma que os sportinguistas dispensavam.
A lesão de Jefferson veio ensombrar a semana de preparação de mais um importante jogo mas, pior que isso, o facto da sua ausência poder prolongar-se pelo período de um mês.
Se é verdade que o lateral esquerdo (bem como mais um ou outro indiscutível do onze leonino) não caiu nas graças de alguns adeptos no início da época, a realidade é que tem ganho a pulso o seu posto, bem como o reconhecimento de todos os adeptos.
De patinho feio, por ter sido contratado ao Estoril e ter custado uns trocados, passou a peça indispensável da defesa mas, melhor que isso, do ataque.
Vir do Estoril, para alguns dos nossos exigentes adeptos, era um mau cartão de visita, talvez os mesmos que consideraram visionários a quem foi lá buscar Carlos Eduardo e Licá.
O que é certo é que o Sporting corre o risco de se apresentar coxo no jogo contra o Setúbal e, quem sabe, os que se seguem.
Dado que o plantel do Sporting é, por opção, bastante curto, as alternativas não abundam.
Parece líquido que a escolha irá recair em Rojo, mas só à hora do jogo iremos desfazer a dúvida.
As consequências da escolha irão desfazer-se no decorrer do encontro, mas será previsível que a fluência do ataque, pelo corredor esquerdo, ficará seriamente comprometida.
É verdade que o Sporting, em quase todas as suas épocas mais recentes, está sempre demasiado dependente de algumas das suas peças.
Não somos como alguns clubes que, quando se lesiona um qualquer Salvio, têm ainda 7 ou 8 jogadores que nasceram na mesma rua, para aquela posição.
Por isso é sempre um drama quando perdemos por algum tempo uma das peças do xadrez.
Podia recordar algumas lesões que condicionaram a estratégia leonina, em épocas passadas mas, como não há regra sem excepção, apetece-me recordar o ano em que Niculae se lesionou.
O tridente ofensivo do Sporting, composto por João Pinto, Jardel e Niculae era temido e letal.
A grave lesão do romeno fez temer que a equipa não pudesse manter a sua fiabilidade.
O que é certo é que o Sporting não só manteve a identidade como, graças à força do conjunto e de algumas individulidade, acabaria por sagrar-se campeão.
Claro está que as alternativas eram numerosas e de qualidade, mesmo que a juventude de Quaresma (para citar um dos que beneficiou com a prolongada ausência) pudessem indiciar o contrário.
Posto isto, espero que o Sporting e o seu treinador encontrem a melhor solução para este problema e, acima de tudo, que vença os próximos jogos, mesmo ao pé coxinho.
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