Hoje o Estádio de Alvalade volta a ser palco de um jogo.
Apesar disso, os corações dos adeptos leoninos irão, certamente, bater a um ritmo mais pausado.
No entanto, olhar para a selecção nacional é sentir o pulsar da formação leonina.
Apesar de Júlio Magalhães, jornalista e director do Porto Canal, ter dito há pouco tempo que "Há mais de três décadas que o futebol nacional, clubes e selecção, anda às costas do êxito do FC Porto.", a verdade é que continuo a olhar para a selecção de alguns de nós e quase só vejo Sporting.
No entanto, não vou dizer desde há três décadas, para não cair no ridículo, como outros.
Porém, para observar essa constatação é preciso seguir dois passos muito importantes.
- Tirar as palas dos olhos ou, pelo menos, afastá-las ligeiramente para abrir o ângulo de visão.
- Segurar na lista de convocados e, caso não se saiba quem eles são, ir a um site da especialidade para ver o passado dos jogadores.
Assim, no 11 inicial do jogo de hoje, contra Israel, deverão constar Patrício, Cédric, Veloso, Moutinho, Nani e Ronaldo.
Mais de meia equipa.
No banco estarão ainda Beto, André Martins, Varela e, também com passagem pelo nosso clube, Danny e Postiga.
È verdade que o Porto também pode reclamar que 7 ou 8 dos convocados jogaram com a sua camisola mas, formados no clube, resume-se a um par deles.
O contingente portista resulta, afinal, de uma atitude predatória e de uma ou outra investida no mercado, aproveitando o desnorte de alguns dirigentes leoninos.
Apesar da grande representação com ligações ao Sporting, ainda há quem questione o facto de Adrien Silva não ter sido convocado, dada a ausência de Raúl Meireles.
O escolhido foi outro ex-leão (vira-o-disco-e-toca-o-mesmo)...Custódio.
Apesar de ter sido o escolhido, acredito que Custódio irá estar enroscadinho no banco de suplentes, junto dos outros proscritos.
Para esse efeito, acho preferível Adrien estar na bancada, pois vê-se melhor o jogo.
Há não muito tempo, o próprio Adrien e André Martins foram passear à América, e aproveitaram para ver um jogo da selecção nacional contra o Brasil, mas poderiam perfeitamente tê-lo visto pela televisão.
Paulo Bento veio justificar a escolha pelo médio defensivo bracarense, pelo facto de Meireles e Custódio serem jogadores 6, com determinadas características.
Eu penso que Paulo Bento vê em Custódio aquele gajo que pode ser lançado no minuto 85, caso estejamos (ou estêjamos, como dizem os jogadores da bola) a vencer por um de diferença e seja preciso defender o resultado.
Quanto às características dos jogadores, eu estava convicto que é Miguel Veloso quem tem feito o vértice mais recuado do meio-campo nacional, mas quem sou eu para o desmentir.
Aliás, costumo ver Meireles na cara do golo, sempre pronto para fazer o gostinho ao pé. No último jogo, inclusivamente, esteve quase a fazer o gostinho à crista, típico de quem joga mais perto dos centrais.
No caso de Meireles, como deve ser teimoso, gosta de jogar mais perto dos centrais adversários.
Já Custódio, no seu estilo e ritmo altamente rotativo, destaca-se por fazer meticulosos passes horizontais para os laterais ou, num plano já mais arrojado...destaca-se por fazer passes oblíquos para o número 8.
Passes verticais, só para o guarda-redes, numa versão marcha-atrás.
De facto, Adrien por Meireles não fazia sentido nenhum.
Volto a dizer, de modo completamente sincero, que prefiro que Adrien se reserve para os nossos importantes compromissos, e uma chamada para o banco da selecção não lhe traria nem visibilidade nem ritmo de jogo.
Claro está que, como sempre, desejo a vitória da nossa selecção...a minha segunda equipa, a alguma distância do Sporting.
Apesar do equipamento nacional estar, cada vez mais, resumido a uma só cor, a verdade é que se pode inverter o dito popular:
"Vermelho por fora, verde por dentro."
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