A minha educação e algum bom-senso, por falar em nome de um Núcleo, fazem com que seja por norma cauteloso nas palavras.
Estes predicados sobrepõem-se, quase sempre, à vontade em responder aos atentados que o Sporting sofre.
O Sporting foi hoje, uma vez mais, queimado pelo forno que cozinha os campeões.
Chamem-se eles porto ou benfica...com letra bem pequena, como o faço há longos meses.
O
que se passou hoje no Bonfim não foi diferente do que aconteceu com o
Rio Ave, Nacional, Estoril ou Académica. Foram dois pontos que
desapareceram, como por arte de mágica.
Mais
penálti menos penálti, mais amarelo menos amarelo, tenha sido por
incompetência ou por vontade própria, o certo é que quando as ondas
lambem a praia, quem se lixa é o mexilhão.
Não é a partir de hoje que futebol se escreve com M.
M de mentira.
M de merda.
Há muito que assisitmos a este filme, impávidos...umas vezes mais serenos do que outras.
A
diferença de épocas mais recentes, é que este ano cometeram o pecado de
nos deixar acreditar que era possível contrariar as duas forças que se
digladiam há vários anos.
Ao
observar o modo como o futebol vai sobrevivendo a esta chafurdice,
faz-me recordar Vítor Gaspar, quando dizia que o português é o melhor
povo do mundo. Não
esbraceja, não protesta, não se indigna com o que parece ser um destino
que aparece traçado.
Não
acredito que outro povo permitisse este atentado à verdade e à
dignidade, política ou desportiva, durante tanto tempo.
Podem agora vir de novo adoçar-nos a boca com a Liga da Verdade ou a Liga Real.
Por mim, podem enfiar essas Ligas onde melhor vos der jeito.
A
Liga da Mentira, que também está entregue, deve ser vaporizada com
produto de limpeza cáustico...pois o cheiro que tem impregnado irá
perdurar no vosso museu para a eternidade.
Tal como a Taça Lucílio, esta também será recebida de braços abertos, pois a mentira e o cheiro não ocupam lugar.
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