Lá para meados de Agosto, quando o Porto encontrar a Académica para se abarbatar
com mais uma supertaça e aviar a equipa coimbrã com 3 ou 4 golos,
iremos dizer que faríamos melhor figura, como na recente final da Liga
Europa.
Entretanto,
o cromo designado para apitar e escolhido de um círculo restrito e de
confiança, porá a equipa da Académica em sentido, se ousar colocar em
campo metade da agressividade que ontem foi consentida.
Sá
Pinto reconheceu que a equipa esteve apática e muito abaixo do esperado
mas, uma vez mais, vai adiar a análise à prestação da equipa de
arbitragem para depois de visionar calmamente o que se passou. Ainda
estou à espera das análises dos últimos jogos que fomos prejudicados, e
em que veio com essa cantilena.
Pois eu não preciso de o fazer, porque não estou condicionado com a nova imagem que o nosso treinador quer passar.
Largas horas passadas sobre o triste jogo, continuo sem encontrar, nas parcas justificações, matéria para o sucedido.
Largas horas passadas sobre o triste jogo, continuo sem encontrar, nas parcas justificações, matéria para o sucedido.
Mesmo
que o sub-rendimento da equipa seja o principal artífice da derrota ( e
não da vitória da Académica, pois esta pouco fez para ganhar) não sou
capaz nem de dar os parabéns a Paulo Baptista, como já vi alguns
sportinguistas fazê-lo, e muito menos passar um cheque em branco e
qualificar a sua exibição de positiva.
Não
posso nem devo delegar na arbitragem a culpa principal pela derrota,
porque essa deve ser repartida entre jogadores e equipa técnica. O certo
é que cedo... muito cedo, pudemos constatar que os homens de azul
teriam uma tarde aziaga.
O
golo que, convém não esquecer, definiu o vencedor, foi precedido de uma
entrada com os pitons à perna de Polga. Pior, o jogador ficou
incapacitado, e na sequência do lance, ainda com o brasileiro estendido
no terreno, o fair-play da treta imperou e a Académica chegou ao golo.
A
outra grande oportunidade da equipa que vestiu de negro...(os nossos
corações) foi quando Edinho se isolou e o seu remate foi parado por
Patrício. Mais uma vez, falha garrafal de Polga, mas o atacante partiu
de um claríssimo fora de jogo.
No
capítulo disciplinar também esteve desastrado e, a contrapor às
entradas maldosas que foi sucessivamente tolerando e adiando o amarelo
(e deste modo potenciar a agressividade para além das regras) mostrou
amarelos aos nossos jogadores, por protestar. Efectivamente, está nas
regras que os protestos devem ser advertidos com amarelos, mas esta
estratégia de deixar distribuir pau por tudo o que se mexa, até os
jogadores massacrados perderem as estribeiras e levarem o mesmo castigo
que o prevaricador é, caro Paulo Baptista, mais velha que o cagar de
cócoras.
No entanto, não é
demais voltar a vincar que a grande responsabilidade é da equipa, no
seu todo. Tinham obrigação de ter dado muito mais, de ter mostrado mais
qualidade ou, na falta desta, metade da determinação daqueles rapazes de
preto.
Há muito que não
faço grandes apreciações individuais, mas hoje tenho que voltar a
referir alguma exibições bizarras, se bem que quando uma equipa joga
colectivamente mal, é normal que poucos ou nenhum sobressaia.
Poderia
dizer que Insua exibiu-se a um nível muito abaixo do que nos habituou,
que Polga deve ter-se despedido ao nível de parte da sua passagem por
Alvalade e, cada vez mais, parece que a dupla de centrais é
completamente incapaz de começar a construção de jogo, como o treinador
delineou.
Elias continua a
demonstrar uma inconstância nas exibições que justificam a sua dispensa
do Atl. Madrid (a peso de ouro). Ontem, uma vez mais, andou perdido em
campo, e a substituição ao intervalo era mais que justificada. No
entanto, acredito que se Sá Pinto pudesse fazer 10, teria trocado quase
toda a equipa.
Falar de
Matias é sempre um risco. Não que ele possa vir atrás de mim, porque
acho que com a minha deficiente condição física ainda conseguia correr
mais que ele, mas pela legião neurótica de fãs incondicionais que tem. O
chileno voltou a exibir-se a níveis patéticos, e só um par de incursões
na segunda parte fizeram acreditar que poderia soltar um coelho da
cartola, mas de lá só saíram toupeiras. Até Izmailov, que entrou como
salvador da pátria, deixou-se contagiar ou, simplesmente, demonstrou que
o mês de ausência pesou imenso na forma imaculada que vinha
demonstrando. Jeffren, dizem, também esteve em campo, ao passo que Capel
e Carrillo tiveram dificuldades acrescidas pelo pouco envolvimento do
meio campo nas manobras ofensivas.
Wolfswinkel
podia ter brilhado, mas quis imitar as patetices de Edinho, pelo que
não nos podemos queixar. A Académica, sem ponta de lança, também marcou
um golo.
Sá Pinto, um
pouco à imagem de Domingos, lamentou-se da "atitude" dos jogadores, como
que sacudindo a água do capote. Só ele sabe em que condições se
apresentam os jogadores, mas muitos já se começam a questionar o porquê
da saída de Xandão, desde o jogo de Bilbao, em detrimento do americano.
Por outro lado, todos delegam no treinador o mérito de devolver o
espírito guerreiro aos jogadores, na fase final da época. Por esta ordem
de ideias, quando ele desaparece, quando não foi capaz de os motivar
para a final, também deve ser delegado nele (na devida proporção) alguma
responsabilidade.
O que
fica para a história é que acabamos uma época mais (a 3ª consecutiva)
sem nenhum título, e não será fácil encontrar um adversário da valia dos
academistas, numa próxima ocasião.
Essa
equipa coimbrã, que vai passar a figurar na minha lista negra, fez um
jogo ao seu nível, com a complacência do Baptista. Quis-me parecer que
lá para os 10 minutos de jogo, ou seja, após o golo, já praticava
anti-jogo. Hoje já um jornal vem falar da falta de fair-play de João
Pereira por não ter devolvido um bola posta fora pela AAC. Nem vou
enumerar os exemplos de falta de desportivismo do lado academista, do
jogo sujo que se pôde assistir, um pouco à imagem do seu treinador, dado
que aprendeu na melhor escola. Auguro um grande futuro a esta equipa na
Liga Europa do próximo ano, pois em jogos com 40 ou 50 minutos de jogo
útil tem mais probabilidades de fazer boa figura.
Essa
foi outra derrota de ontem. A Académica entrará directamente na fase de
grupos da Liga Europa enquanto o Sporting terá que se sujeitar às
contingências do sorteio do playoff, pelo que terá que jogar no dia 23
de Agsoto. Com a sorte marreca que nos acompanha, ainda ficaremos a ver
pela Tv.
Por falar em
televisão, se é doloroso assistir ao longe a resultados negativos, não o
é menos ao vivo. Pior é quando, com sol ou chuva, com ou sem
dificuldades económicas, as pessoas se deslocam por vezes milhares de
kilómetros, como ontem foi possível constatar através de inúmeras
entrevistas, não para assistir a uma derrota, porque essa pode acontecer
em qualquer jogo, mas à falta de ambição que a maioria ostentou.
Agora é altura de
balanço, claro, e não no dia 1 de Maio como Fernando Mendes tratou de
fazer ao jornal Sporting, dizendo que a época podia ser brilhante. Daí
para cá perdemos tudo o que havia a perder, incluindo os 3 importantes
jogos com Athletic, Porto e Académica.
As contas fazem-se no fim, e não no princípio ou a 20 dias do final da época, e esta foi bastante negativa.
Os projectos são a médio prazo? São, tal como era o de Domingos.
Veremos
o que o futuro nos reserva, e até qual será o posicionamento
relativamente ao nosso treinador, que deixa um saldo de 13 V, 2 E e 6 D
para ser analisado. Domingos teve um saldo ligeiramente mais negativo em
jogos oficiais ( 19 V, 9 E e 7 D) pelo que é com curiosidade que espero
para ver a decisão dos "responsáveis". Sei é que nem um nem outro
apresentaram números à nossa altura, e para culminar, falharam em
momentos decisivos.Resta dizer, finalmente acabou a triste época 2011/12.
Será que a 13 será ainda de mais "azar"??
Sem comentários:
Enviar um comentário