Depois
de alguns dias em que me dediquei mais às águas temperadas do sul, tal
como tinha antecipadamente prevenido os caros leitores, eis que regresso
à escrita, mesmo que neste lapso de tempo tivessem havido motivos
suficientes para antecipar o meu regresso.
Se
o tivesse feito ontem, como previsto, tal indiciaria uma vitória do
Sporting, e a euforia contida ter-me-ia impelido a escrever logo após o
final do jogo, mesmo que tivesse compromissos agendados.
Dado que o resultado e a exibição foram mornos, guardei para hoje, sem grande vontade, um breve comentário ao que pudemos ontem assistir.
Para
os mais optimistas e para aqueles que se atiraram aos mais cépticos com a
pré-época, os indícios são excelentes, pois demos uma goleada na
percentagem de posse de bola, pois esteve quase 2/3 do tempo nos nossos
pezinhos.
Também vencemos folgadamente nos apartados de cantos, remates,
faltas e amarelos. Estes últimos dois estão intimamente ligados, mas nem
sempre assim é. No entanto, Capela e sus muchachos quiseram que este
jogo não fosse excepção...a essa regra.
Tudo isto deverá ser suficiente
para confirmar o optimismo dos que julgaram extemporâneas as
preocupações dos muitos que viram...muito pouco nos jogos a feijões. O
problema para esses muitos, é que o que se tem visto tem muito de
parecido com o que vimos em largos períodos da época passada, já com Sá
Pinto.
No
entanto, apesar das estatísticas do jogo penderem todas para o nosso
lado, e Sá Pinto ter ficado uma vez mais muito satisfeito com o empenho
dos atletas (como sempre o faz, em vitórias, empates ou derrotas) o que
mais interessa é que, pelo quarto ano consecutivo, arrancamos o
campeonato aos soluços. A diferença é que esta época não partimos a
olhar para cima (para os rivais) logo no tiro de partida, pois estes
fizeram questão de se solidarizar para com esta sina mais recente do
nosso clube.
Tal
como fiz referência em crónicas recentes (basta para isso fazer uma
breve incursão por escritos do princípio do mês) os problemas que todos
auscultamos continuam vivos e de boa saúde.
Diria
que um dos que mais me intriga continua a ser o de dar primeiras partes
de avanço. Já o tinha dito no jogo contra o Olympiacos, mas é algo que
já vem de longe. Quarenta e cinco minutos a ver o que a coisa dá, a
estudar o adversário ou seja lá o que for, reduz drasticamente o tempo
útil para tentar fazer golo. Claro está que depois Sá Pinto se revolta
(justificadamente) por Capela terminar a primeira parte 3 segundos antes de tempo, mas talvez fosse de melhor tom preparar a equipa para tentar vencer o jogo logo após o apito inicial do árbitro.
Por
falar em tempo de jogo e nas inevitáveis comparações, foi curioso
verificar como nos minutos finais no jogo de estreia do actual
campeão, o árbitro Duarte Gomes deu 5 minutos de tempo adicional, sendo
que este acabou por estender-se até aos 7 minutos. O respeitinho é muito
bonito.
No
entanto, também pude constatar que nesse jogo, esses minutos foram
jogados dentro da área gilista, com sobressaltos constantes para os
adeptos locais e para mim próprio, dado que os azuis e brancos chegaram a
ter 9 jogadores dentro ou nas imediações da área.
No
nosso jogo de ontem, não me recordo de uma aceleração no coração nos
últimos minutos, apesar das pressas finais nas reposições de bola em
jogo e de Wolfswinkel ter tido, por momentos, a companhia de mais algum
jogador de verde e branco na área adversária, quando o zero no marcador
já parecia tudo menos inevitável.
Muitas
vezes os jogos também se ganham no banco, e há treinadores com
estrelinha que conseguem, com um passe de mágica, vencer jogos com
alterações miraculosas. A entrada de Jeffrén aos 89 minutos pode ser
entendida como uma tentativa de verificar em que estado está a sua
estrelinha, mas 4 minutos em campo parece-me pouco para grandes
milagres, quando a equipa cria 2/3 oportunidades de golo por jogo.
Não
vou criar nem tenho anticorpos com o nosso treinador, porque penso que o
trabalho ainda pode ser proveitoso, mas não alinho em euforias
gratuitas com o seu estado de sportinguismo intocável ou com o seu
passado de leão ao peito.
Quero
simplesmente que o trabalho que executa há largos meses ( e não desde o
início da época) comece a dar os seus frutos, por forma a não começar a
comprometer-se mais uma época, e evitar que se comecem a traçar
cenários preocupantes.
É que
da minha parte já me começa a cansar (para não dizer que estou exausto
de ouvir esta cantilena) o facto de virem dizer que tivemos azar na
finalização, que a relva estava alta ou que estava demasiado seca para a
nossa capacidade técnica, quando o que se pode constatar é que a equipa
cria menos que uma mão de oportunidades.
Muito pouco, com Wolfswinkel
ou com qualquer outro que esteja ali...à espera que algo aconteça.
Seguindo a sugestão do blog formação táctica, pensei no seguinte :
ResponderEliminarSejamos sinceros o wolfs farta-se de falhar,tá mais preguiçoso por estar a ficar habituado a não ter ng que lhe tire o lugar, e precisa de evoluir o cabeceamento e o viola é um miúdo, não se pode esperar tudo dele e gosta de jogar mais nas alas do que a PL porque não se sente tão a vontade, qual e a nossa esperança no ataque? Precisamos de um reforço "pinheiro" como bianchi e com faro pelo golo,como há tanto tempo nos prometem, só com um jogador assim vamos acabar com o nosso problema de ontem e outros jogos nos últimos tempos, A FINALIZAÇÃO!
Vamos divulgar a noticia , TROCA Bianchi pelo Bojinov pela net, pode ser que os responsáveis a concretizem!
Livra vamo-nos de um problema, e resolvíamos outro!
Quem se opõe?