É sempre com alguma alegria que
constatamos que o nosso plantel está recheado de internacionais, na que poderá
ser a primeira prova da qualidade do mesmo.
Claro está que, quando chegam os
inevitáveis confrontos de selecções, esse orgulho torna-se numa dor de cabeça,
tanto para a equipa técnica como para os adeptos mais preocupados com as
componentes tácticas e de preparação dos treinos e jogos.
Ainda recentemente uma publicação
falava em 16, o número de internacionais que fazem parte do nosso plantel, e se
derem um pulinho à equipa B o cenário também está bem composto.
Muito antes de sair a
convocatória de Marrocos para os Jogos Olímpicos já todos sabíamos que Labyad
iria fazer parte dos escolhidos, e foi com natural curiosidade que assistimos
a alguns dos jogos da selecção magrebina.
Hoje não pude seguir com atenção
o jogo com a Espanha e, apesar de desejar sempre o melhor para os nossos
jogadores, não posso deixar de confessar que foi com alguma alegria que assisti
à eliminação da equipa africana, por forma a ter, com a maior brevidade
possível, a totalidade do plantel à disposição de Sá Pinto.
É que numa equipa como o Sporting,
desde o início que todos os jogos são decisivos e numa época em que muitos têm
as baterias apontadas para mais um previsível cataclismo, o futuro joga-se a partir
do primeiro jogo oficial.
Por esta razão, convém ter todas as armas disponíveis para as muitas batalhas que se estão a preparar.
Por falar em Labyad, agora que
tenho seguido com mais atenção as suas performances, devo confessar que vê-lo
jogar tem-me feito recordar um jogador que já vestiu as nossas cores, mesmo que se torne um crime fazer tal
comparação.
A sua forma de correr, a sua
velocidade, algumas iniciativas nas linhas laterais visando servir o avançado e
…até fisicamente (mesmo que o marroquino tenha um porte físico algo superior) Labyad
tem-me feito recordar um tal Simão, que aprendeu a jogar no Sporting mas que
cedo demonstrou que se esqueceram de lhe ensinar os mais básicos fundamentos de
um homem com princípios.
Curioso é que, talvez por o terem
confundido com o ex-ídolo do outro lado da circular, também os rivais tentaram
assediar o jovem marroquino, mas este, apesar da similitudes que eu encontro,
parece de momento estar comprometido sentimentalmente com o Sporting.
Claro está que o mundo dá muitas voltas
e ainda é cedo para o poder considerar um símbolo ou um modelo a seguir mas, de
momento, ter um jogador com algumas características como as que tinha o outro
que encantou e fez sonhar os adeptos leoninos, se bem que considere este Labyad
mais crescido tacticamente que Simão com a mesma idade, faz perspectivar uma
carreira promissora e um jogador que poderá, a muito breve trecho, ter direito
a tarjas alusivas ao novo 20 de Alvalade que, curiosamente, já foi do outro.
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