Baixou o pano de mais um Torneio do Guadiana e, infelizmente, o Sporting teve que se contentar com o último lugar.
Dirão os mais optimistas que é precipitado tirar grandes conclusões, e poderá ser pernicioso criticar nesta fase ainda embrionária, e poderão ter alguma razão.
Claro está que todos nós, equipa técnica, jogadores e direcção, pretenderíamos que a equipa tivesse conquistado o troféu mas, em determinados momentos, é preferível conquistar uma equipa.
Não foi possível conquistar nenhuma das duas mas, ao invés da pré-época passada e do primeiro jogo desta competição, hoje foi possível ver um pouco de futebol, e fizeram-nos acreditar que o trabalho está a ser criterioso.
Contudo, houve algumas lacunas que levantam interrogações.
Logo à partida, a valia de alguns dos "reforços", que depois de alguns jogos tardam em demonstrar qualidade, mesmo que outros tenham deixado indicações positivas.
Também a ausência de golos neste segundo jogo pode preocupar os espíritos mais inquietos, ainda não totalmente refeitos de épocas passadas com paupérrima capacidade concretizadora.
Foi o primeiro jogo em que a equipa ficou em branco, mas as oportunidades criadas (essencialmente na primeira parte) justificavam outro resultado.
Além disto, foi curioso constatar que, apesar do campo continuar impróprio para consumo, a equipa foi capaz de criar oportunidades e mandar completamente no jogo, durante toda a primeira parte.
Afinal, a incapacidade demonstrada perante o West Ham foi só isso mesmo...incapacidade.
Por falar em West Ham, se Leonardo Jardim dizia, após a derrota com os ingleses, que " É importante a derrota como simbologia numa pré-temporada.", eu diria que já chega de simbologia.
É que os jogadores já se devem ter apercebido de toda a carga simbólica, e agora seria interessante habituarem-se a uma cultura ganhadora.
No entanto, estas duas derrotas consecutivas podem ter uma outra carga simbólica de cariz positivo.
Ao recordar-me das palavras do Presidente da MAG, Jaime M. Soares, após alguns resultados que entusiasmaram os adeptos e a ele próprio, penso que estes resultados talvez possam esfriar as suas intervenções, algo deslocadas da nova realidade.
"Os adversários que se cuidem"
"Apetece-me dizer que se cuidem. A
vida está diferente no Sporting e, por isso, estará mais complicada para
os seus adversários. Este é um novo Sporting e estou absolutamente
convencido de vamos ter o Sporting à Sporting, a dar que falar em todas
as provas que formos disputar"
É que, num ano em que pela primeira vez não são colocadas fasquias para ultrapassar, onde não se pressiona a nossa jovem equipa, impondo metas muitas das vezes desfasadas da realidade, não faz muito sentido ter dirigentes a subverter o plano traçado, iludidos por um par de vitórias animadoras.
Tal como se pede aos adeptos para terem tento nas palavras, quando as coisas não correm bem, seria coerente que algumas pessoas com responsabilidade acrescida também medissem as palavras, porque correm o risco de serem confrontadas com elas, passado pouco tempo.
Até podes ter razão... mas espero que não. Perdemos , é verdade, mas com uma exibição na 1ª parte muito jeitosa. Não tem nada a ver, mas mesmo nada, com alguns resultados negativos na época passada, mas com exibições miseráveis e sem "alma".
ResponderEliminar"resultados negativos na época passada, mas com exibições miseráveis e sem "alma"."
ResponderEliminarTipo no ultimo derby? Sem alma ? Hilariante.
Os resultados não espelham sempre a alma e coração em campo. Antes, como agora.
SL
Gostei muito da exibição da equipa na primeira parte. Mandou no jogo e o Braga não é uma equipa qualquer, e que por acaso até tem um treinador que conhece muito bem a maioria dos nossos jogadores.
ResponderEliminarO que mais me preocupa nem é a defesa, mas sim a falta de bolas no ataque. A defesa esteve sólida. O problema é que continuamos a ter dificuldades para chegar lá à frente. Pelo que se viu na 1ª parte, um jogador como Magrão, que não tem medo da área, pode vir a dar muito jeito. O que também dava jeito era termos os pontas-de-lança em melhor forma. Não há problema em sofrermos um golo por jogo se conseguirmos marcar dois.
Caro Ribeiro
ResponderEliminarEu disse precisamente isso na crónica. Primeira parte bem positiva, e poucos poderão contestar isso.
O resultado, mesmo com uma segunda parte menos conseguida, não espelha o que se passou em campo.
Eu disse, e repito, que nada se assemelha à pré-época passada. Foi um pesadelo, que se prolongou época fora, excepto alguns jogos que, infelizmente, foram a excepção que confirma a regra.
SL
Caro anónimo
ResponderEliminarRealmente, nem sempre os resultados espelham a alma e, por vezes, nem sequer a justiça do resultado.
SL
PN
ResponderEliminarCostuma-se dizer que as equipas campeãs constroem-se de trás para a frente..ou que os ataques ganham jogos e as defesas campeonatos.
Sofrer golos nunca é bom, mas é uma inevitabilidade.
Se os golos contra o West Ham foram muito consentidos, ontem devemos dar mérito ao Edinho. É que não nos podemos esquecer que os outros também jogam, e que fazem pela vida.
Também me quer parecer que é mais fácil criar rotinas defensivas que ofensivas, por isso devemos ter que esperar um pouco mais para vermos os tais automatismos a aparecerem. A inclusão de Slimani também poderá resolver problemas que até ao momento eram mais difíceis de o fazer.
Realmente ainda há muita escassez de oportunidades, o que só se resolve tendo uma alta eficácia, como aconteceu com a Real Sociedad.
O consulado Sá Pinto também se caracterizava por muita posse de bola, mas pouquíssimas oportunidades e golos. Esperemos que o cenário mude radicalmente.
SL e obg pelo comentário.