A
entrevista de Jefferson ao jornal Sporting galgou as margens e, felizmente, já chegou
ao oceano informativo.
Dado
que o jornal do clube tem um alcance reduzido, é bom que muitos dos nossos
adeptos acedam a alguma dessa informação:
«O Sporting é um clube do qual a maioria dos
árbitros não gosta. Quando entro em campo sei que, de qualquer forma, vão
tentar tirar o que o Sporting sabe fazer, que é jogar bom futebol. Se nos
anularem um golo, temos de marcar outro e se nos anularem esse temos de marcar
mais ainda para sairmos vencedores. Cada jogo é encarado como uma batalha e
temos de vencer».
«Estamos juntos, contra
tudo e contra todos.»
O
estado de espírito do jogador e, por arrastamento, de todo o plantel, é
motivador e preocupante.
É
motivador saber que a estrutura é consciente dos obstáculos que lhes são
colocados no caminho, semana após semana, bem como é gratificante saber que o
plantel está unido e com vontade de os ultrapassar.
No
entanto, não deixa de ser preocupante pensarmos que, em determinada altura, poderão
deixar de esbracejar…e deixar-se levar pela forte maré contra a qual lutam.
Sabemos,
e tivemos a prova, que nem sempre é possível marcar o golo que nos dará a
vitória, por muita vontade que demonstrem.
Todos
nós sabemos, mesmo que os adeptos rivais continuem a cacarejar de gozo, que
somos o alvo mais fácil de abater, porque durante anos permitimos que se
vincasse a bipolarização do futebol português, nos seus órgãos decisórios.
Aqueles
árbitros que não gostam de nós não estão lá por acaso, pois muitos deles já
demonstraram a sua competência em ajuizar mal…e porcamente.
A
maioria daquela gente tem clube e, pior que isso, é incapaz de soltar-se dessas
amarras.
Não
gostam do Sporting, como eu não gosto deles.
Como
disse Bruno de Carvalho, e volto a citar:
BdC: O futebol tem de acabar com a hipocrisia
do "sou deste clube mas sou imparcial". Eu sou dedicado, honesto, mas
se apitasse o adversário acabava só com o guarda-redes e para ver sofrer golos.
Mas, dado que esta linha de raciocínio
pode ser associada a uma estratégia do clube, ou ao choradinho que muitos
acusam de fazer parte do nosso discurso, volto também a recordar uma entrevista
de Rui Jorge, curiosamente também um lateral-esquerdo, e canhoto, como os atrás referidos.
Jogou com as camisolas do porto (com a qual se identifica) e do Sporting (que tão bem defendeu).
Jogou com as camisolas do porto (com a qual se identifica) e do Sporting (que tão bem defendeu).
Fala quem sabe, e que sofreu na pele de
Leão.
Numa das primeiras entrevistas que deu pelo
Sporting, afirmou que no Sporting não podia fazer o que fazia no Porto. Eram
mesmo significativas as diferenças de tratamento por parte das equipas de
arbitragem?
Pelos vistos, pelos vistos. Já disse isto várias
vezes. Eu não mudei muito a minha maneira de encarar os jogos, de encarar as
partidas, de encarar o próprio adversário e se forem ver o meu registo em
termos de Porto e o meu registo em termos de Sporting notas uma grande
diferença. É evidente que não posso justificar todas as situações porque para
nós, os jogadores, é muitas vezes praticamente impossível provar que eles
estão errados e não o conseguimos fazer. Havia alguma coisa, que não eu, que
não estava a agir da mesma forma. A partir de determinada altura há uma quebra
significativa.
Para bom entendedor, meia palavra basta.
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