A
revolução pacífica no Sporting começou há já algum tempo, e prossegue...mesmo
que algumas bovinas opiniões tivessem perspectivado que a direcção liderada
pelo "garoto" não iria aguentar mais que um ou dois meses.
Em
Março fará um ano.
Também
o plantel sofreu uma profunda remodelação, e na camioneta da carreira em
direcção a colossos do futebol mundial seguiram alguns daqueles nomes sonantes
que nos tinham feito sonhar com a Liga Europa.
O
próprio Schaars, que reservou lugar na primeira fila, pespectivou que a equipa
do Sporting iria lutar este ano por um 5º ou 6º lugar, e pode ainda vir a
tornar-se no próximo Zandinga, com a capacidade demonstrada para prever o
futuro.
A
camioneta viu embarcar Carriço, Xandão, Joãozinho, Boulahrouz, Arias, Pranjic,
Ilori, Pedro Mendes, Plange, Gelson, Volswinkel, Viola, Bruma, Etock, Salomão,
Turan...e partiu ao encontro de uma outra que tinha levado Izma, Miguel Lopes,
Insúa, Matias, Pereirinha, Elias ou Rubio.
Jeffren
e Labyad perderam o transporte, mas um deles já foi à boleia.
A
revolução pacífica tem tido episódios mais recentes, relacionados com a
necessidade de proporcionar a alguns jovens da equipa B um outro tipo de
incentivos.
Quem
sabe, com a esperança que o tratamento de choque surta o mesmo efeito que o que
se pôde verificar em William Carvalho.
Depois
de Zezinho, foi a vez de Tobias, Cissé, Betinho, Nuno Reis e Guedes (este a
título definitivo)fazerem as malas e sairem do aconchego da casa, para ver se a
barba lhes cresce mais forte.
Rinaudo
já tinha ido, mesmo que a barba deste dê para fazer raspas de limão.
Tal
como na primeira revolução, a cedência de Rinaudo ou a venda prematura de
Alexandre Guedes não foi consensual, como não será a chegada de Dramé, Enoh e
Shikabala.
Mesmo
sabendo que há muitos frutos que só depois de abertos evideciam se são doces ou
amargos, é natural que haja uma natural euforia ou desconfiança,
perante um elegante ananás ou uma maçã baça...sem brilho.
O
youtubista crónico, sempre ávido por uma jogada que o deixe com os pelos
do peito eriçados, rapidamente descobre um vídeo com os melhores momentos
de algum dos artistas, mesmo que o espaço seja partilhado com crianças de 3
anos que marcam golos ao pé-coxinho e a fazer tricô, em simultâneo.
Bem
melhor que Bojinov, Angulo ou Djaló, que também por lá aparecem.
O
aparente génio que Shikabala demonstra em 3 minutos de vídeo, e que faz ferver
o mais gélido adepto, é arrefecido por
Manuel José em 3 segundos, ao afirmar que "O problema é que ele se endeusou muito cedo,
convenceu-se que era ele e mais dez, que todos tinham de trabalhar para ele e
desculpar os erros que cometia ".
No
entanto, antes de o rotular, nada melhor que esperar para ver como está a sua auto-estima…
caso apanhe o próximo avião.
Maurício
veio com o pesado rótulo da segunda divisão brasileira, e tem sido um dos
esteios da defesa leonina.
Também Slimani
foi encarado com desconfiança, e neste momento é um dos ídolos dos adeptos,
mesmo que o estatuto se possa perder em 90 minutos.
O
argelino pode até ter marcado o início de uma nova revolução em Alvalade.
Uma
nova Primavera Árabe, que poderá sair reforçada com a chegada do egípcio.
A Praça
Tahrir, no Cairo, foi palco de grandes manifestações que correram mundo.
Não desdenharia
ter uma nova primavera, celebrada na Praça do Município…ou no Marquês…que marcasse
o fim da ditadura a que o futebol português parece condenado.
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