segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Candidato a candidato, procura-se

«O Sporting não preparou uma estrutura para ser candidato. Mas isso não inviabiliza a ambição de estar nos primeiros lugares. Conhecemos o nosso projeto e temos de trabalhar para atingir os nossos objetivos. (...) »
Leonardo Jardim 

Depois de uma sofrida vitória...e quando a maioria dos adeptos se volta a empolgar com nova aproximação à liderança, eis que a estrutura do Sporting volta a colocar água na fervura.
É que nem pode ser de outro modo.

Só como mero exemplo, ao ver o Sporting chegar ao final deste complicado duelo com o Guimarães com Salomão e Mané a extremos, só posso concluir que o plantel não tem a extensão desejada para se bater com as mesmas armas dos rivais, até final do campeonato.
Por estranho que pareça, foi precisamente Salomão quem me surpreendeu pela positiva, nos poucos minutos que esteve em campo.
Salomão, de quem não sou um particular admirador.

No entanto, sabemos que nem sempre a lógica predomina. 
Basta pegarmos no generoso orçamento do Sporting da época passada, e ver onde a equipa ficou classificada, para perceber que o dinheiro não cura todos os males.
Mesmo com alguns milhões de avanço, não só a classificação envergonhou os sportinguistas, como semanalmente eram ridicularizados por equipas como o Moreirense, que terá feito a época toda com o equivalente ao valor das cuecas do Elias.
Já quando os grandes porto ou benfica defrontam colossos europeus, é garantido que a comunicação social irá referir a disparidade de orçamentos.
No entanto, esse mesmo desnível acontece cá pelo burgo, todas as semanas, e ainda recentemente o Nacional e o Belenenses tornaram-se nos empata-fod** do porto, apesar das publicações esquecerem-se de referir a diferença abissal entre as realidades.

Pois bem, o Sporting não se estruturou para se afirmar como candidato, mas tenho a certeza que terá a obrigação de encarar os próximos cinco jogos como candidato a vencê-los.
O Sporting irá receber a ex-sensação Paços de Ferreira, e precisamente Nacional e Belenenses, que já causaram surpresas com o campeão nacional.
As deslocações a Barcelos e ao Estoril afiguram-se de grau de dificuldade elevado, mas a tal estrutura que não se configura como candidata, só pode acreditar em vencer jogos com este cariz.
Entretanto, o porto terá que receber o braga e ir ao estádio do benfica, e poderá perder mais algum pontinho, neste ciclo.
O benfica tem tarefa mais facilitada, mesmo que Jejuns não esteja no banco no passeio que se adivinha, e só passará alguma dificuldade precisamente no clássico, onde também poderá não arrecadar os 3 pontos.
Logo, mesmo que esteja a contar com os ovos no cú de 5 galinhas, é admissível que o Sporting consiga chegar ao final da primeira volta a fazer sombra ao primeiro lugar.

É garantido que mesmo que o Sporting receba prendas do Pai Natal ou dos Reis Magos, e a Estrela de Belém nos indique o caminho, a realidade acerca da nossa estrutura não se irá alterar.
Resta, por isso, candidatar-nos a vencer todos os jogos...mesmo que não seja possível ou não nos deixem ganhar alguns.

2 comentários:

  1. Jogo a jogo...vamos chegar lá (acredito que o LJ vai assumir a candidatura mais lá para o fim). Para chegar ao fim da primeira volta ainda temos 4 jogos difíceis, ojogo com o paços em Alvalade é mais fácil...mas acredito que vamos conseguir os 15 pontos!!!

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  2. Caro ILLUMINATOR

    Considero que os jogos podem tornar-se mais ou menos complicados (retiraria a palavra fácil) mediante a nossa garra e entrega, mas também dos inúmeros factores adversos e aleatórios.
    No entanto, também considero que, em circunstâncias normais, a recepção ao Belenenses e ao Nacional também não deverão ser consideradas de alto grau de dificuldade.
    Na época passada, qualquer jogo poderia ser olhado com desconfiança, mas a nova realidade alterou um pouco esse paradigma, e faz quase acreditar que sejamos favoritos em todos os jogos onde não defrontemos os outros grandes.

    SL

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