sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Portugal dos Pequenitos


A ausência do Sporting das competições europeias deste ano foi fortemente sentida pelos seus adeptos, e foi motivo de chacota generalizada, principalmente pelos adeptos de porto e benfica, dado que ainda superam o clube leonino em ausências nestas prestigiantes competições.

Apesar de eu só ter olhos para o Sporting, confesso que continuo a acompanhar a carreira das equipas portuguesas, seguindo deste modo o conselho de alguns confiantes e outros prepotentes adeptos benfiquistas e portistas.

No entanto, tal como já aqui referi, sou um adepto incondicional de qualquer equipa que jogue com os nossos rivais, chame-se ele Pari Chanbérman, Anderlext (Jejuns dixit), Zenit ou Atlético, só para citar alguns.
Esta pluralidade clubística não apanha ninguém de surpresa, pois qualquer adepto ferrenho que se preze está, semanalmente, a torcer pela equipa que defronta os rivais nas competições nacionais.
Nas competições internacionais a coerência mantém-se.

Contudo, quando entra em campo qualquer outra equipa portuguesa, o meu desejo passa sempre pela vitória.
A participação de Estoril, Guimarães e Paços de Ferreira foi seguida com atenção, mas sem surpresa ficámos sem representantes na Liga Europa, até que cheguem a esta competição menor os cabeças de série da Champignons, porto e benfica.

Se é verdade que a época mais pobre da história leonina também foi triste e cinzenta na Europa, a realidade é que o clube leonino costuma contribuir, de forma decisiva, para as boas classificações que o futebol português apresenta nos rankings da UEFA.

Se atentarmos  aos números que as equipas portuguesas apresentam esta época, em que o Sporting e os seus adeptos ficaram a ver no sofá, perante o cacarejar dos rivais, também estes deviam envergonhar os seus adeptos, apesar das suas equipas andarem a passear o símbolo do clube pelo Velho Continente.

Se  porto e o benfica arriscam-se a cair para a Liga Europa, o facto de terem entrado como cabeças de série da Champions podem exponenciar esse falhanço.
Contudo, a vaca lampiónica começa a dar sinais de retoma, e também o porto pode ainda pôr a sua máquina a funcionar, a tempo de evitar males maiores.
Os representantes do 5º ou 6º campeonato europeu conseguiram, até ao momento, 3 envergonhadas vitórias, em 15 possíveis.
Ambas as equipas apresentam um saldo negativo de golos, e o porto nem sequer conseguiu vencer um jogo em casa, um estádio onde não perde há mais de 5 anos, para o campeonato nacional.


Já na Liga Europa o cenário é verdadeiramente dantesco.
Estoril, Guimarães e Paços venceram um jogo em 15 possíveis.

É curioso como equipas, técnicos e Comunicação Social ficam rendidos aos orçamentos de alguns dos adversários, quando em Portugal se batem de modo descomplexado com equipas também com orçamentos generosos, clubes esses que se afirmam como dos melhores da Europa e com aspirações a vencer qualquer competição.
Fui vendo aos soluços o jogo do Paços e com um pouco mais de atenção o do Guimarães.
Os vimaranenses foram uma sombra do que apresentaram há poucos dias contra o Sporting.
Vi com muita atenção o Estoril, e fiquei estupefacto com alguns pormenores.

A equipa canarinha apresentou-se uma vez mais personalizada, mas teve a "infelicidade" de sofrer um golo logo aos 7 minutos.
A partir daí teve grande superioridade na posse de bola, mesmo que nunca tenha criado grandes ocasiões de golo.
Na Alemanha, o Friburgo fazia o que lhe competia, para que o Estoril ainda aspirasse a continuar na Liga Europa.
O golo estorilista chegou ao minuto 89, e os jogadores fizeram uma festa como se tivessem ganho a competição.
Pensava eu, entretanto, que seria bom os jogadores desmontarem a pirâmide humana das celebrações, à qual se tinha juntado os suplentes, os animais de estimação e a família, e tentarem ainda vencer o jogo, único modo de ainda poder permanecer na Liga Europa.
O Sevilha voltou a dar a posse de bola, e o Estoril beneficia de um livre ao minuto 93 e meio (dos 4 de compensação).
Por estranho que possa parecer, não houve cruzamento, e os dois jogadores que estavam para a marcação do livre entretiveram-se com ela, até ao apito final.
Festa dos adeptos do Estoril nas bancadas do Sánchez Pizjuán, graças ao empate e eliminação europeia...talvez por já não terem mais viagens para fazer.

Ou isso, ou fizeram mal as contas...jogadores e adeptos.

Apesar das vitórias recentes nesta competição, não considero que o Sevilha esteja num patamar superior ao porto, benfica...nem sequer ao Sporting.
Não percebo como um clube se pode apequenar quando passa a fronteira.

Daqui por umas semanas o Estoril irá receber o Sporting e, acredito, irá mudar o seu discurso e atitude.

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