domingo, 12 de fevereiro de 2012

Assobiar para o ar


Afinal, quais os objectivos reais para este plantel do Sporting?
No decorrer da época que, infelizmente, ainda não chegou ao seu final, tivemos opiniões para todos os gostos. As que mais interessam, as dos que estão directamente ligados à formação e gestão do plantel, variaram entre a versão da equipa em formação e a possibilidade de começar a vencer já esta época, com a ressalva de que o projecto é a 3 anos e, na próximo época, aí sim, nos iríamos candidatar a títulos de relevo.
Em plena fase vitoriosa e de euforia colectiva, alguns notáveis apareceram e "algum" colocou-nos mesmo como principais candidatos ao título, caso vencêssemos na Luz. De não vencer ao estado calamitoso actual, pelos vistos, foi um pequeno passo.
Os obreiros deste plantel, entretanto, vieram dizer que esperavam um pouco mais da equipa mas, novamente, que o projecto tem pernas para andar estando esperançados  numa segunda volta melhor que a primeira, pois esta tinha ficado aquém do esperado.
Domingos, entretanto, vai-se refugiando em diversas justificações, mas a mais recorrente continua a ser a do plantel ter 5/6/7/...(em actualização) meses de trabalho, falarem diversas línguas e outras com conotações mais gastronómicas, como as papas Cerelac.
Apesar deste blog ter como única referência a realidade do Sporting, mesmo que pontualmente faça referência aos rivais, gostaria de apontar um exemplo para desmistificar a história de que é impossível ou difícil criar uma equipa vencedora numa época.
Na época 2009/10 os nossos rivais do outro lado da circular contrataram uma equipa técnica completa, com JJ à cabeça, e 16 jogadores. Destes, 4 vieram a tornar-se preponderantes na equipa (Ramires, Javi, Saviola e Coentrão) e os outros foram flops tão grandes como alguns dos que já lá andavam, apesar de um ou outro,  pontualmente, ter contribuído para o sucesso da equipa.
Poderia arranjar outros exemplos mas este é recente e serve perfeitamente para ilustrar que a fábula do plantel novo não é impeditivo de sucesso, muito menos de futebol de qualidade.
Mesmo que me digam que esse campeonato foi muito estranho e teve contornos sui generis, o certo é que com o futebol que actualmente praticamos, nem que insistissem em ajudar-nos, tal seria possível.
Começo a pensar (já há algum tempo) que se alguém conseguiu nessa época tirar algum sumo de autênticos pedregulhos, como Weldon, Kardec, Sepsi, Peixoto, etc, numa equipa que tinha andado 4 anos consecutivos a ver o Sporting jogar (e o Porto a ganhar), muito provavelmente seria capaz de fazer bem melhor com alguns bons executantes que passaram a integrar o plantel leonino.
Algumas selecções, cujos jogadores só se encontram meia dúzia de vezes por ano, conseguem praticar futebol de qualidade, e não denotam a nossa actual anarquia colectiva.
Parece-me que a aura de Domingos está a perder alguma luz e muito teria que mudar para que consiga imaginá-lo a comandar os nossos destinos na próxima época, caso se mantenha por muito mais tempo este atentado à Paciência dos adeptos.

4 comentários:

  1. Boas...

    Desde já os meus parabéns pelo post, já que o mesmo revela imensa sabedoria e conhecimento sobre o futebol e o futebol no seu geral.
    Embora pertença , futebolisticamente falando a outro emblema, não poderei deixar de lamentar a fraca produtividade do Sporting de Domingos, já que à Liga Portuguesa faz falta um Sporting forte, a jogar bem e a discutir tittulos até ao fim e estar na final da Taça de Portugal , embora seja meritório ( quem me dera que o meu clube de coração lá estivesse..) é pouco para tanta desilusão.
    O pior disto tudo é constatar que o actual Sporting chegou mesmo a encantar naquela fabolosa série de vitórias consecutivas, nas quais Schaars, Insúa, Capel, Rinaudo, Wolfswinkel e compª estavam dinâmicos e a deixar "àgua na boca" a quem é apaixonado pelo futebol e pelo Sporting em particular.
    Estranho esta passagem do 80 ao 8, como é possivel haver tanto contraste, enfim, Domingos tem a palavra , embora a "paciência" dos fiéis adeptos Leoninos não ser...eterna.

    Grande Abraço

    Mattos...paixaodabola.blogspot.com

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    1. Caro Mattos

      Penso que não serão necessários muitos conhecimentos sobre futebol para opinar com alguma sapiência sobre este tema. Sou um seguidor atento do futebol, mas a minha modalidade de origem até é o basquetebol, onde fui atleta,treinador e dirigente, mas isso não me retira alguma lucidez na hora de analisar o fenómeno desportivo. Aliás, sou seguidor atento de todas as modalidades,algumas delas com algum conhecimento de regras, tácticas e fundamentos técnicos. Do futebol e do nosso clube de eleição, como o próprio Domingos diria, desde o carpinteiro ao médico...todos falam com saber, mas poucos sabem do que falam. Ao expor aqui as minhas ideias corro o risco de me confundir com algum destes, mas é um risco assumido. De qualquer modo, obg pelo comentário e, obviamente, também espero que o Sporting, para bem não só dos seus adeptos mas para a melhoria do futebol nacional, volte em breve...em pleno, e não numa fugaz e meteórica aparição.
      Cumprimentos e continuação do seu óptimo trabalho

      Nucleo Scp

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  2. o nosso grande ponta de lança só trabalha amiude... é que a barriga e os joelhos já não não para mais... por isso os resultados só aparecem quando precisamos mesmo deles... isto é para salvar a época. Já repararam que o scp só vai a uma final da taça de portugal quando o fcp e o slb são eliminados por outras equipas... e para quem não percebeu de que ponta de lança estava eu a falar - Duque, Luis Duque -o homem já não tem folêgo para mais... ou será assim tipo ministro das finanças a falar com o ministro alemão, nas imagens que correram telejornais!!!

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    1. Caro anónimo

      Continuo convencido que as eleições de Março passado foram ganhas não por G.Lopes mas por L.Duque. Mérito para o actual presidente, que se soube rodear de personalidades com um passado ligado a algumas vitórias desportivas, mesmo que algumas delas tenham significado avultados prejuízos financeiros. Para uma larga franja de indecisos, entre a incerteza B.Carvalho e a (quase) certeza Godinho "Duque", a opção acabou por recair na actual dupla. O ponta-de-lança, como lhe chama, tem feito um trabalho que nos é desconhecido, mas talvez lhe esteja a faltar alguns ases, porque para duques, já lhe chega os que tem.

      Cumps

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