Se os consecutivos desaires são o grande factor de desmotivação do
adepto, já o futebol apresentado e o fraco caudal e eficácia ofensiva
acabam por afastar, gradualmente, o paciente simpatizante sportinguista.
Se
remontarmos à época 2004/05, com José Peseiro à cabeça, o futebol de
então não só era ofensivo como denotava uma eficácia prometedora.
Desconheço o passado do ex-treinador, enquanto praticante, mas a sua
filosofia de jogo era bastante positiva e dava primazia a essa faceta do
jogo.
Os 66 golos marcados nessa época foram o registo mais
concretizador do campeonato, com mais 15 golos marcados que o campeão
Benfica.
Veio o legado Paulo Bento, que enquanto jogador tinha um
cariz defensivo, e a sua doutrina (prefiro ganhar por 1-0 do que por
3-2) foi-se enraizando no estilo de jogo leonino. Os consecutivos 2ºs
lugares davam algum ânimo, mesmo que a capacidade goleadora se fosse
esgotando com o transcorrer das épocas que liderou a equipa. 50, 54, 46 e
45 golos foi a eficácia possível, até que decidiu que estava na hora de
abandonar o projecto.
A época 2009/10, que começou ainda com
Paulo Bento mas que cedo passou o testemunho para Carvalhal, veio
agravar ainda mais a seca que alastra no futebol leonino. 42 golos foram
o fraco pecúlio atacante, já a largos 36 golos do melhor ataque do
campeonato, e a aparecer somente como 5ª equipa mais concretizadora.
A
época passada teve Paulo Sérgio no seu arranque, mas o ex-atacante e
ex-forcado foi pouco audaz a pegar a equipa, e com Couceiro, antigo
defesa de poucos créditos que ficou encarregue de tentar os serviços
mínimos no final da época, redundou num total de 41 golos na Liga.
Como
é possível constatar, mesmo que as duas primeiras épocas que referi, o campeonato ainda fosse disputado por 18 equipas, a quebra tem
sido evidente e preocupante.
A presente época com Domingos,
ex-atacante de créditos firmados, seria de esperar um caudal ofensivo
mais condizente com as responsabilidades do Sporting.
Se os
primeiros jogos pareciam fazer reviver os fantasmas da inoperância
atacante, a saída de Djaló e Postiga coincidiram com o ressuscitar do
Sporting e das ilusões dos seus adeptos. Uma sequência de 8 vitórias e
23 golos, incluindo a derrota na 3ª jornada com o Marítimo, encantaram
os seus fiéis seguidores e atemorizaram os adversários.
O que se
passou daí para cá deve ser motivo de análise psiquiátrica ou para os
que não acreditam em bruxas, mas "que las hay, hay". Se nos centrarmos
unicamente na Liga, estes últimos 8 jogos , desde a deslocação à Luz,
redundaram em 2 vitórias, 3 empates e 3 derrotas e apenas 5 golos
marcados, e 3 destes nas duas vitórias alcançadas. O autêntico vazio
ofensivo pode explicar a crise que se vive actualmente. É que a inépcia
dos nossos atacantes estende-se até às outras competições, e na Taça da
Liga convertemos 2 golos em 3 jogos contra equipas de segunda e
terceira linhas.
Com a média destes últimos meses de competição,
caminhamos a passos largos para uma das piores médias de golos marcados
pelo Sporting, a não ser que algum acaso chamado Gil Vicente se repita
(6-1).
p.s. Enquanto escrevo estas linhas, Ronaldo
marca mais um hat-trick, e chega aos 27 golos na liga espanhola. Menos
dois que o Sporting no campeonato indígena.
Têm o toda a razão, está bem analisado
ResponderEliminarEstes Senhores que comandam o nosso SCP, não prestam
Não sabem de futebol
O domingos, ainda é muito verde para estar no SCP
Sócio 5244