sábado, 4 de fevereiro de 2012

A fundo...ou ao fundo


Apesar do Sporting estar afastado do que será, por natureza, o seu eterno grande objectivo para cada época, não é de desprezar estar ainda com as outras frentes activas, num termo algo incendiário mas bem caloroso.
Contudo, apesar de preferir qualquer um dos prémios de consolação a ficar mais uma época a ver navios ou a vê-los afundar, numa alusão muito Costaconcordiana, diria que era preferível enfrentar estes desafios com a preparação adequada e com timings menos apertados. Já tivemos ciclos decisivos que se tornaram em ícones da desgraça, como a famosa semana de Maio de 2005, em que passámos do céu ao inferno num piscar de olhos.Para os mais distraídos, ou para os que quiseram esquecer essa pequena tragédia, do sucesso absoluto passámos para o miserabilismo que nos deixou de luto. Nos dias 14, 18 e 22 de Maio de 2005 perdemos o campeonato (com um lance que ainda divide opiniões), perdemos a final da Uefa e ainda perderíamos o comboio da entrada directa na Champions em nova derrota em Alvalade (curiosamente também) contra o Nacional, num jogo que teve uma arbitragem vergonhosa, em benefício do Porto.
Passados estes anos, teremos a 4, 8 e 11 de Fevereiro mais uma semana transcendente e de decisões, com a diferença que não há nenhum troféu a ganhar, mas todos a perder, se prolongarmos o olhar só mais uns dias.
Mais, teremos 7 jogos nos próximos 22 dias, o que dá a média de um jogo a cada 3 dias. Se para um plantel completo e saudável já seria um desafio complicado, para a nossa realidade futebolística actual, para a escassez de recursos e para a reincidente fragilidade física apresentada, são sintomas e indícios que devem preocupar qualquer um de nós.
O início desse ciclo em 2005 deu-se com o Benfica e Valeri Gazzaev,  treinador russo do CSKA presente no estádio da Luz, congratulou-se com a derrota leonina, o melhor resultado para as suas ambições na final europeia.
Hoje, o Sporting joga com o Gil Vicente mas o Nacional estará a torcer por uma derrota das nossas cores. Nada melhor para encarar o jogo contra os madeirenses que uma boa exibição, uma vitória, a qualificação para as meias-finais da Taça da Liga, mas que poderá ter repercussões para o jogo da Taça de Portugal. 
Não será certamente na Liga Europa que estará a salvação da época. Os nossos jogadores, equipa técnica e restante staff têm que se consciencializar que são melhores que os próximos opositores e que está na sua entrega e capacidade a possibilidade de fazer regressar o Sporting à galeria dos vencedores, de onde nunca deveria ter saído.

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