Depois
de uma semana de profunda gargalhada, que teve origem no tremendo
tropeção e queda do nosso histórico rival, aos poucos, temos que voltar a
encarar os nossos próprios problemas.
Está
certo que o país melhorou substancialmente, fruto da subida do PIB
(Piadas dos Infelizes Benfiquistas) mas o relógio não pára, infelizmente
para um Sporting que já teve melhores dias.
As
notícias com que nos deparamos, ao surfar pela net, não trazem grandes
esperanças ou alegrias, mesmo que algumas possam reflectir uma tentativa
de trilhar caminhos diferentes do pântano onde nos atolámos.
Logo
à partida, o facto do Sporting ter registado a pior afluência a
Alvalade desde a sua inauguração não deve apanhar ninguém desprevenido.
Se a época passada fui fazendo algumas actualizações do excelente
desempenho neste campo, este ano enfiei-me na carapaça pois era palpável
que o divórcio com a equipa era estrondoso.
Motivo
de notícia deveria ser, no decorrer da época, que aqueles milhares de
pessoas que sobreviveram à razia fossem masoquistas a ponto de continuar
a assistir aos espectáculos mais degradantes da história do clube.
Agora, é esperar que a nova ordem e o futebol pensado de outro modo, resgate e reencaminhe todos os adeptos que se perderam.
Por
outro lado, alguns órgãos de CS continuam a teimar com o nome de Mido
como um dos referenciados para a frente de ataque do Sporting da próxima
época.
O
avançado egípcio já foi um conceituado e apetecível jogador, mas nesta
fase da sua carreira, aparecer o seu nome associado ao Sporting parece
de muito mau gosto, ou uma brincadeira de 1 de Abril.
Nas
últimas 4 épocas terá efectuado uma vintena de jogos oficiais, se as
juntarmos todas, o que poderá atestar da sua valia actual, e o facto de
ser um autêntico globetrotter (12 mudanças de clube em 14 épocas)
demonstram a sua estabilidade enquanto jogador e, possivelmente,
enquanto pessoa.
Siga pr'a bingo.
Algo
que me apanhou desprevenido, não por conhecer o projecto mas por achar
que a estratégia de comunicação é preponderante para o clube nos dias
de hoje, foi a extinção da Sporting COM, empresa constituída no início
de Novembro pela direção de Godinho
Lopes, e que pretendia reunir as várias plataformas de comunicação do
clube, com o canal de televisão à cabeça mas onde também constava o
site, os jornais digital e em papel, as redes sociais, a comunicação
do futebol profissional, da formação, das modalidades e da vertente
institucional.
Claro
está que a medida terá uma explicação racional, e não deverá ser uma
medida avulso por se tratar de (mais) uma empresa criada pela anterior
direcção, mas temo que esta medida volte a adiar sine die o anseio de milhões de adeptos.
O
Sporting sempre foi um clube de vanguarda e, por exemplo, para a
construção do Estádio de Alvalade dos anos 50 foi necessário um grande
esforço de mobilização sportinguista para
erguer uma obra que, para a época, era pioneira e avançada no seu tempo,
dispondo de condições únicas em toda a Península Ibérica.
Mais recentemente tivemos a história de sucesso da Academia, mas em muitas outras iniciativas fomos invejados e copiados.
Nos tempos mais recentes, a inépcia e/ou a incompetência têm ganho terreno, e os resultados estão à vista.
Andamos sempre a reboque dos outros e, nalguns casos, com anos de atraso.
Andamos sempre a reboque dos outros e, nalguns casos, com anos de atraso.
Tivemos o exemplo do futebol, onde nos anos 90 até o Guimarães dava melhores condições de treino à sua equipa.
Mais
recentemente, a questão do pavilhão. É quase indecoroso para um clube
que ostenta o ecletismo como estandarte continuar de mão estendida para a
miríade de modalidades que possui, enquanto vemos, com olhar guloso, os
pavilhões dos nossos rivais.
A estratégia de comunicação também vai sendo goleada pela concorrência.
Se
o rival da 2ª Circular acena com o canal de televisão e o jornal do
clube, também tem ao seu serviço um sem-fim de amigos estrategicamente
colocados.
A SIC tem feito um óptimo serviço ao clube, bem como o CM (versões papel e TV), jornal A Bola, etc.
Já o Porto tem outra estratégia para a TV, mas o certo é que tem o seu tempo de antena reservado.
O
jornal O Jogo já serviu para estratégias pouco dignas ao serviço do
clube, e o JN não dispensa um tratamento privilegiado aos portistas.
Enquanto
isto, o Sporting luta para limpar o nome que diariamente é enxovalhado
nos jornais, e continua sem meios próprios (ou aliados) para a
importante tarefa de informar e também de "evangelizar" a larga
comunidade que pensa Sporting.
Independentemente do rumo que venha a ser traçado, espero que esta direcção dê o relevo que esta matéria merece.
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