Vitor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem da
Federação fala em «ambiente
hostil e tricolor» na análise
aos jogos, que prejudica a imagem dos árbitros.
«Têm-se
feito assassinatos sociais aos árbitros mais mediáticos das nossas Ligas
principais. Arbitrar no terreno de jogo nada tem a ver com a análise
sistemática, com recurso a imensas repetições,
de forma insistente e quase desumana. Isto não é desculpabilizar. Os
árbitros assumem o desafio de quererem ser melhores e de roçarem a perfeição.
Esse ambiente muito hostil e tricolor nas análises que se fazem à posteriori dos jogos fazem com
que um jovem árbitro diga: “Eu não quero isto para mim, para a minha vida e para
a minha carreira.”»
Fiquei muito sensibilizado com a rigorosa análise feita por
Vítor Pereira, relativamente ao circo que rodeia o futebol, com especial
destaque para a arbitragem portuguesa.
Aliás, se não conhecesse outras realidades, pensaria que só
em Portugal são esmiuçados os casos de arbitragem após os jogos de
fim-de-semana.
Em Espanha, por exemplo, já no final dos anos 70, havia um
programa chamado Estudio Estadio, onde no próprio dia do jogo usavam a famosa “Moviola”,
com repetições exaustivas e meticulosas, de modo a julgar o trabalho dos
árbitros.
Sim, sei que aqui no burgo os juízes estão, por norma, um
degrau acima da populaça, e sendo o árbitro o juíz do jogo, também queira estar
imune a julgamentos mas, ainda há quem teimosamente insista em analisar os seus
erros.
Se em toda a parte existem estes programas televisivos, estou
em crer que a profissão poderá estar em vias de extinção a nível global, e não
só em Portugal, como proclama V.P..
No entanto, acredito que a vontade em servir a causa e,
quiçá, o próprio país, leve os jovens árbitros a ignorar tamanhas afrontas.
Apesar de eu não ser um consumidor assíduo dos programas a
que V.P. se refere, o facto é que é notório que o Sporting está (esteve), na
generalidade, muito mal representado.
Se é verdade que, na génese, esses programas são pintados a
três cores, na prática, o verde está muito esbatido, muito por culpa de quem
nos representa.
Não tão esbatido quanto alguns senhores da arbitragem
pretendem, reféns do seu daltonismo, numa luta nitidamente bicolor.
O verde ainda está representado porque continua a vender
jornais e ainda mexe com os sentimentos de uns milhões de pessoas, em Portugal e
no Mundo.
Têm-se feito verdadeiros atentados à verdade desportiva na nossa Liga. Mesmo
que alguns agentes desportivos façam, à posteriori, o reconhecimento
sistemático de alguns erros, o certo é que assistimos à repetição, de forma insistente e quase desumana desses erros. O
Sporting assume há anos o desafio de estar entre os melhores, mas é impossível.
Esse ambiente muito hostil e bicolor com o que o Sporting é tantas vezes
tratado no terreno de jogo, faz com que jovens e velhos adeptos leoninos digam:
Eu não quero isto para mim, para a minha vida.
gostava de lembrar a V.P. um célebre jogo de 4-0 no estádio das antas onde o senhor inventava livres para o Doriva marcar perguntar se não sente também vergonha pelo que aí fez eu ainda hoje e já lá vão uns anos não esqueci.
ResponderEliminarCaro altaia
ResponderEliminarInfelizmente não faltariam exemplos de ambientes hostis que essa gente nos criou.
O problema maior é que Doriva já deve ser avô...e as coisas continuam iguais.
SL
O lmentável é que esse senhor continua agora como responsável máximo da arbitragem depois querem que acreditem neles
ResponderEliminarMas essa de inventar livres acontece sempre que o Porto tem algum especialista. Aconteceu com o Doriva, mas também com o Geraldão, Branco, etc.
ResponderEliminarDizia-se que eram penalties com barreira, e não dava tanto nas vistas como marcar dos outros, sem barreira. :)