Enquanto
esperamos pacientemente que se componha o plantel do Sporting para a próxima
época, vamos tendo noticias, quase diariamente, sobre eventuais
saídas.
A remodelação a que os dirigentes estão obrigados, por força de
uma folha salarial desproporcionada relativamente à nossa realidade, era
inevitável.
Há dias soubemos que jogadores que pouco contributo deram à causa
sportinguista, nem que os juntássemos todos num só, auferem vencimentos
verdadeiramente pornográficos, se tivermos em conta o seu rendimento
desportivo.
Alguns nem lugar têm no clube.
Falava-se obviamente dos 2 milhões/época de Bojinov, dos 1.6
milhões/época de Onyewu ou dos 1,5 milhões/época de Jéffren.
Nestes últimos dias, também ficámos a saber do alegado interesse
de dois clubes holandeses em dois activos do Sporting, vindos precisamente da
Holanda.
Primeiro foi o recentemente proclamado campeão, Ajax.
«Nem
que o Ajax tivesse interesse em Labyad, não haveria qualquer hipótese de
transferência, dado que no Sporting ele aufere um salário de 900 mil
euros».
Auferia.
Ao que consta, na próxima época passará a auferir 2 milhões.
Agora fala-se do interesse do 2º classificado PSV em Schaars.
«O
salário que Schaars aufere no Sporting é incomportável para o PSV. Ele tem 29
anos e o Sporting quer transferi-lo. Mas, para nós, será impossível».
É no mínimo curioso que as duas equipas de topo
holandesas, que estarão a um nível competitivo semelhante ao Sporting, que se
comportam com dignidade na Europa (o Ajax ficou em 3º num grupo com Real
Madrid, Dortmund e Manchester City), não consigam ou não pretendam chegar ao
nível salarial que se pratica em Alvalade.
Claro está que em Portugal não iremos conseguir
competir a este nível com os nossos eternos rivais, mas o caminho que está a
ser seguido parece o mais adequado para a realidade portuguesa.
A política adoptada nas últimas épocas permitiu
ao Sporting ir buscar algumas "trutas" ao campeonato holandês, mas está
na hora de virarmos agulhas para outros objectivos.
Agora que fomos obrigados a repensar o presente, para termos
direito a um futuro, só nos resta alterar a imagem criada recentemente por
alguns iluminados, que terão passado a ideia que o Sporting pratica algum tipo
de caridade.
Aliás,
o símbolo e sigla do Sporting até podiam ter sido repensados, porque as
iniciais S.C.P. adequavam-se a Santa Casa Portuguesa.
parece ou estou enganado que alguém anda a querer enganar os sportinguistas para fazer já campanha para o dia 30?não exagerem na receita o doente pode morrer de ataque cardiaco.
ResponderEliminarCaro altaia
ResponderEliminarTenho que reconhecer que não percebi a quem se destina a indirecta. No entanto, devo dizer que é evidente, ao percorrer as redes sociais ou a blogosfera leonina, que os efeitos das eleições ainda se fazem sentir. Acho lamentável (mas esse é o meu ponto de vista) que os adeptos leoninos ainda se dividam em apoiantes deste ou daquele, e não simplesmente se unam em prol do Sporting. Apesar de discordar da política que fez escola no clube, nos últimos anos, e que nos colocaram na situação actual, tentei dar algum crédito à direcção de Godinho Lopes, pois o clube precisa de unidade. Na parte final do seu mandato já não conseguia calar mais a revolta e acabei por tecer algumas considerações acerca do trabalho executado.
Na actual circunstância, até prova em contrário, Bruno de Carvalho e a sua equipa merecem o nosso crédito e, deste modo, as mesmas condições que os outros usufruiram para trabalhar.
Espero que os sportinguistas se deixem de guerras prejudiciais, porque o conflito interno constante só enfraquecerá, ainda mais, a nossa débil situação.
SL