segunda-feira, 24 de junho de 2013

César aJUDOu

Depois de cair o pano sobre mais um campeonato de futsal, é sempre interessante ir lendo e ouvindo as mais diversas opiniões acerca da justiça do vencedor... e respectivas justificações.
Do lado leonino a unanimidade é absoluta, e com maior ou menor efusividade celebrou-se a conquista.
Do lado encarnado os sentimentos foram ambíguos.
Desde o reconhecimento da superioridade leonina por parte de uma minoria , passando pela urgência numa limpeza de balneário, até ao sentimento generalizado do play-off ter sido um roubo descarado, houve opiniões para todos os gostos.

Confesso que, quando ganhamos, é com saudável boa disposição que enfrentamos toda e qualquer opinião.
Ao pegar no exemplo do futsal, consigo colocar-me na pele de um qualquer adepto de futebol portista que, do alto do pedestal, emite há anos sonoras gargalhadas perante toda e qualquer acusação de favorecimento.
A indiferença é total, perante o choradinho do adversário.
Contudo, o peso do futebol na auto-estima de qualquer adepto é incomparável, como incomparável é a pouca-vergonha que se assiste nos campos de futebol.
Mas estas críticas, como comprovei hoje mesmo, batem com estardalhaço na carapaça protectora dos vencedores.

No entanto, de regresso ao futsal, os adeptos benfiquistas têm alguma razão nas suas queixas, só que nelas encontram algum eco nas queixas leoninas.
Os árbitros erraram demasiadas vezes, em quase todos os jogos.
Erraram compulsivamente para os dois lados, e sou incapaz de dizer qual foi o mais prejudicado.

Contudo, sei dizer que o campeonato foi limpinho...limpinho, e que esta vitória deveria ser a 4ª consecutiva, se no ano transacto não tivesse havido, aí sim, uma influência determinante na atribuição do vencedor.

Este ano ficaram penalties por assinalar...ficaram faltas por marcar...e terão ficado mais expulsões por atribuir, mas reconheço que os atletas leoninos já estão mais adultos para tentar contrariar o futsal mais rasteiro e nojento que conheço.
Por muito que acenem com lances de interpretação dúbia, golpes de judo só estarão ao alcance de um qualquer jogador da secção de futsal do Benfica.
Wazari aplicado por César Paulo não está sujeito a linhas, intensidade, intencionalidade ou qualquer outra condicionante.






Não sei se este lance foi comentado pelos jornalistas da RTP mas, caso tenha acontecido, estou em crer que teria os dois lados da barricada contra a apreciação.
Eu sei que nem sempre são justos na análise mas, deixem-me dizer, é hilariante ler os comentários de sportinguistas e benfiquistas relativamente aos jornalistas destacados para o encontro.
Sim, já tive oportunidade de ouvir declarações lamentáveis, mas não encontro explicação para TODOS os benfiquistas apelidarem o jornalista de lagarto, e acharem que grita mais nos nossos golos, e TODOS os sportinguistas apelidarem o jornalista de lampião, e acharem que grita mais nos golos do adversário.
É hilariante ler os benfiquistas irritados por o jornalista estar sempre a elogiar Divanei, como é hilariante ler os sportinguistas irritados por o jornalista estar sempre a elogiar César Paulo.
Existe um botão que controla o som e soluciona, de vez, essas anomalias.
De qualquer modo, só na próxima época nos voltaremos a preocupar com estas pequenezas.

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