Continua o carrossel de nomes de jogadores com futuro incerto no Sporting, por forma a definir o plantel da próxima época.
Depois
de uma pré-época passada em que os adeptos se dividiram quase em partes
iguais, perante a telenovela Adrien Silva, eis que a sequela parece
estar de regresso.
Na
época passada a questão prendia-se com a sua renovação, num episódio
com alguns contornos como os que este ano servem que nem uma luva a
Ilori e Bruma, e um fantasma pareceu fazer esquecer o pouco que Adrien
ainda provou, para convencer quase toda a gente que o melhor para todos
era mesmo ficar.
Talvez o mesmo fantasma que obrigou Vieira, há pouco, a renovar com Jesus.
Quanto a Bruma e Ilori, parece que a procissão ainda vai no adro.
Também
Miguel Lopes, que ainda nem deve conhecer todos os cantos à casa,
também parece estar naquela linha que separa a entrada da saída.
Sem
sequer pensar na questão dos orçamentos e da valia dos plantéis, ao
observar o processo (público) de formação do plantel, comparado com a
estabilidade dos rivais, confesso que corrói um pouco o estômago.
No
entanto, esta situação herdada por esta direcção, em que terá de
preparar uma omelete para 10 pessoas com 2 ovos e alguma argúcia, também
deverá estar a ser, de algum modo, extrapolada pela comunicação social.
É
que não me parece razoável que do plantel que agora terminou a época,
já tenham saído para o bailarico dos transferíveis a maioria dos nomes
disponíveis.
Dos GR fala-se na saída de Patrício (e, pela minha vontade, de Ventura).
Na
defesa, Joãzinho terá guia de marcha, mas em várias ocasiões e por
diversos motivos falou-se nas saídas de Boulahrouz, Ilori, Miguel Lopes,
Rojo, Cédric ou mesmo Dier. Ou seja, nem sobra um.
No meio campo Schaars também já esteve na calha, assim como agora se fala em Labyad e Adrien.
Lá
na frente, consumada a saída de Ricky, também tem sido aventada a
possibilidade da saída de Jeffrén, Bruma, Capel, Viola e, por estes
dias, o próprio Carrillo.
Ou seja, sobrariam mesmo 2 ovos para a omelete!!
Dá ideia que, por cada jogador que entra do Benfica ou Porto, saem 3 do Sporting.
Um pouco de bom-senso também não faria mal nenhum.
É
com mais agrado que li acerca da (alegada) vontade da direcção em
precaver o futuro de Carlos Mané, talvez para não ficarem com mais uma
batata quente na mão, como parece estar a acontecer com os supracitados
Bruma e Ilori.
Confesso que me agrada o futebol do ainda júnior leonino, e que poderá estar ali mais um diamante em bruto.
O problema é que nem sempre é possível polir estas pedras preciosas.
Hoje, o Record, fala mesmo em filão guineense.
É
sobejamente conhecida e reconhecida a mina, da qual já emergiam
verdadeiros fenómenos a nível mundial, mas por vezes quer-me parecer que
alguns vêem-na sim como uma galinha dos ovos de ouro, e tentam
abrir-lhe a barriga...com as consequências óbvias desse acto.
Basta
pensar neste alegado filão e constatar que, dos nomes apontados, nenhum
é (ainda) referência para ninguém nem sequer o Sporting lucrou
sobremaneira com o minério.
Se exceptuarmos a promoção acelerada de Bruma, nenhum
deles pode ser ainda considerado um valor seguro, e a maioria nem
sequer será recordada por ter jogado na equipa principal do Sporting,
subvertendo de algum modo a lógica da formação. Além disso, a quase
totalidade nem irá render o suficiente para justificar tão grande investimento na sua formação.
As saídas têm sido cíclicas e pouco rigorosas.
Consta até que Agostinho Cá estará na lista de dispensas do Barcelona B.
Se assim for, foi um ano perdido para o jogador, mas pode ser um ano ganho para quem tem olho para o negócio.
Até
sou capaz de adivinhar quem poderá estar atento a jogadores (de
qualidade) que tenham saído do Sporting e que, acenando com jeitinho,
pode voltar a tocar no orgulho dos adeptos leoninos.
Sem comentários:
Enviar um comentário