O Sporting venceu o 1º troféu Pepe Super Cup mas continua sem deslumbrar.
Mais
uma vez perante equipas do 2º escalão, a equipa leonina faz a sua
obrigação, que é ter a bola e tentar vencer, mas os problemas continuam
na hora do remate...do último ou penúltimo passe.
Não
tive oportunidade de seguir o 1º jogo, contra o Atlético, mas as
incidências do jogo que estavam a ser publicadas apontavam também para
uma equipa dominadora mas com raras ocasiões de golo.
Empate a zero e vitória nos penaltis (5-4) foi o saldo final.
No
jogo contra o Belenenses, que foi possível seguir através da emissão
online da Bola Tv (lá vislumbrei algo de positivo no jornal de símbolo
vermelho), a equipa azul cedo deu a entender (muito cedo, aliás) que
estava ali para defender o zero na sua baliza, e esta estratégia será
certamente usual em muitos dos adversários com que o Sporting passa por
muitas dificuldades durante a larga época.
Mesmo
que a defesa não tenha sido posta à prova, e Boeck só tenha tocado na
bola na sequência de atrasos dos seus colegas, não desgostei do "à
vontade " de Boularhouz e Rojo na circulação de bola e na resolução das
poucas investidas adversárias por terrenos mais avançados.
Cedric
tem quase o mesmo ímpeto ofensivo de João Pereira e Prajnic tem um
toque de bola que não engana, apesar de achar castrador colocá-lo a
lateral esquerdo.
O
meio campo cumpriu, sem destoar, mas este sector intermediário que é
preponderante na criação de lances de perigo, bem como no equilíbrio
defensivo, está a cumprir mais na segunda vertente do jogo.
Ganhou
a quase totalidade das bolas divididas, gerou uma superioridade
gritante na posse de bola mas, à posteriori, não conseguem transformar
esta percentagem em ocasiões flagrantes de golo.
No jogo contra o Belenenses ainda foi possível contabilizar 3 ou 4 mas
isso não parece ser suficiente para vencer jogos. Claro está que os
jogos que tivemos oportunidade de ver não são comparáveis, e depois do
fraquíssimo jogo (e derrota) contra o Charlton, tivemos uma vitória
clara mas sem deslumbrar contra o Sheffiled e agora mais dois empates,
mesmo que com o tempo de jogo reduzido para metade. Em três dos quatro jogos, terminámos a zero.
Também
(me) continua a saltar à evidência que Capel e Carrillo têm tanto de
capacidade de drible como de complicar o jogo ofensivo. É uma pena que
não ponham essas capacidades ao serviço da equipa somente nas imediações
da área, e que emperrem a circulação de bola que pode provocar
perigosas jogadas de ataque.
Numa
época onde o futebol espanhol dá cartas, onde o tiki-taka é rei e
senhor, onde conseguimos ouvir os técnicos das selecções jovens...até
aos dos mais velhos campeões do mundo gritar para com os seus
pupilos..."TOCA, TOCA, TOCA!!!", que em português quer dizer "toca,
toca, toca..." continuamos a ver alguns atletas com condições
excepcionais tentar sobressair da maneira mais complicada. Queria muito
que fossem corrigidas ou aprimoradas as mecanizações que irão fazer do
Sporting uma equipa mais perigosa e eficaz, mas tenho dúvidas que alguns
se afastem de uma característica que está incrustada no seu ADN.
Já
sei que temos algum tempo de atraso na preparação, comparativamente ao
rival que nos últimos anos é o ponto de referência e o grande candidato
às competições nacionais mas, convém reparar no seu contínuo hábito
vencedor, seja no primeiro jogo da época... com poucas ou muitas cargas
físicas, seja um adversário de maior ou menor valia.
Não temos motivos para desmotivar, para desacreditar, mas é imperioso que a equipa ganhe...sempre.
É que não pode ser de outro modo, quando se leva um leão ao peito.
sabem o numero do esgaio e do betinho
ResponderEliminarCaro anónimo
EliminarSe se refere ao jogo de hoje, não tive oportunidade de o ver, só vi o jogo com o Belenenses e nesse eles não jogaram.
Se se refere aos números da equipa B, penso que ainda não estão todos atribuídos, porque ainda há jogadores à experiência, e pelo que pude constatar, os desses dois jogadores ainda não foram atribuídos.
SL
ia opinar sobre o nosso estado de coisas, mas acho inútil. Perfeita, a tua análise.
ResponderEliminarCaro Rui
ResponderEliminarCompreendo quem defende intransigentemente Sá Pinto e a equipa, para mais nesta fase da época mas, como disse (e nem queria socorrer-me de outros para justificar) ao olhar para os adversários , ou mesmo para outras equipas de topo, e ver o fio de jogo, faz-me torcer um pouco o nariz. O que estamos a ver, mesmo tendo em conta as tais cargas físicas de que tanto se fala (e a que os outros também estão sujeitos) e o necessário entrosamento com atletas novos, é muito parecido com o que se viu o ano passado, no legado Sá Pinto. Posse de bola, por vezes sem qualquer profundidade ou objectivo...e pouquíssimas oportunidades de golo.
Golos...esses ainda mais escassos, como é natural, dado um caudal ofensivo escasso, apesar da posse de bola.
Enfim, temos que ir vendo o desenrolar dos acontecimentos, não temos outro remédio, e esperar que os frutos do tal trabalho que se diz estar a ser feito, comecem rapidamente a aparecer.
SL