Depois da tempestade, dizem, vem a bonança.
Ontem,
já grande parte dos sportinguistas tinha a arma carregada para disparar
em todos os sentidos, caso a coisa tivesse dado para o torto.
Parece que não foi necessário usá-la, mesmo que ainda se tenha ouvido o rebentar de uns fulminantes.
Parece que não foi necessário usá-la, mesmo que ainda se tenha ouvido o rebentar de uns fulminantes.
Apesar
dos sportinguistas estarem relativamente habituados a lidar com a
derrota, o facto é que felizmente não aprendem a conviver com ela e,
após qualquer jogo menos conseguido, gera-se um clima de pré-guerra
civil.
O jogo contra o Charlton foi, efectivamente, um péssimo
cartaz para a equipa e até para o clube, pois não há pré-época,
cansaço, relva ou falta de entrosamento que justifiquem... não a
derrota, mas um jogo tão mauzinho na sua globalidade.
O
jogo contra o Sheffield Wednesday, passados poucos dias, trouxe uma
vitória incontestável mas sem deslumbrar, graças também às limitações do
adversário, mas uma melhoria generalizada em todos os parâmetros do
jogo perante outra equipa inglesa do segundo escalão. No entanto, no
capítulo ofensivo, a produção de jogadas de perigo foi mais uma vez
quase inexistente, mas valeu a alta eficácia de concretização, pois
aproveitámos duas das pouquíssimas ocasiões de golo para tirar uma carga
acrescida aos jogadores, equipa técnica e, porque não, aos seus
adeptos.
Apesar destes
jogos serem, de um modo unânime, considerados de pouca importância,
mesmo que os clubes grandes tenham sobre si os olhos dos adeptos, rivais
e comunicação social, o facto é que a responsabilidade é sempre grande e
o próprio Sá Pinto veio dizer que “Este é um resultado importante para
nós, porque jogamos sempre para ganhar".
Esta
declaração tem a conotação normal, num clube (que se quer) vencedor,
mas denota que o jogo contra o Charlton podia deixar mossa, pois também
não me parece muito normal vir dar-se esta relevância a um jogo de
pré-época, com um adversário de segunda apanha.
O
certo é que, mais golo menos golo, contra quem quer que seja, a vitória
voltou a acontecer e, principalmente, a exibição deixou os adeptos mais
descansados porque, agora sim, podem alegar que mesmo com as cargas
físicas e todos os outros entraves, a lógica prevaleceu dada a qualidade
intrínseca dos seus intervenientes.
Salta também à evidência que Sá Pinto tem, de facto, uma grande variedade de opções para todas as posições...menos uma.
Urge
o ponta-de-lança e, de preferência, um que seja mesmo alternativa a
Wolfswinkel. É óbvio que temos que lhe reconhecer os méritos mas...não
me preocupo só com a sua evolução nem com os minutos de jogo que possa
usufruir. Penso sim que precisa urgentemente de alguém com quem possa
competir, que lhe roube o lugar, que o substitua quando a sua forma não é
a melhor, quando eventualmente se possa lesionar ou ter um castigo,
quando esteja com o período ou desanimado.
Mais do que o bem-estar de Ricky e da sua valorização, quero que o Sporting esteja cada dia mais forte.
Por isso, para bem do Sporting, avançado precisa-se!!!
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