O Sporting continua a sua hercúlea tarefa de limpar a casa.
Se
no ano passado os trabalhos foram redobrados, por forma a reformular a
quase totalidade do plantel, dada a quantidade de jogadores que não
cumpriam os requisitos mínimos para fazer parte da equipa, o certo é que
este ano está a ser acabado o trabalho, com a particularidade de
estarem a ser dadas varridelas nalguns dos que, no ano transacto, foram apresentados como um acréscimo de qualidade.
Se os
responsáveis pelo futebol leonino já conseguiram livrar-se dos
ordenados de Evaldo e Rodriguez, onde irão fazer companhia a André
Santos e Salomão, agora é a vez do peso morto Sebastian Ribas sair para o
Mónaco, com a particularidade de regressar para a 2ª divisão francesa
(que talvez seja a sua fasquia máxima) após uma escala em Lisboa para um
faustoso período de férias.
Os dossiers que se devem amontoar na escrivaninha de Carlos Freitas têm, contudo, alguns que devem merecer a maior atenção.
É que
por colocar continuam alguns dos mais ruinosos negócios dos últimos
anos, se tivermos como comparação a relação qualidade/preço.
Grimi,
Pongole e Bojinov...podem ser colocados pela ordem de chegada ou ser
misturados e voltar a dar outra vez, que a diferença é insignificante.
Estes
três atletas foram motivo de mil e uma apreciações à sua chegada, e se
alguns desconfiaram das suas qualidades, a maioria deixou-se enfeitiçar
por alguns feitos alcançados por qualquer um destes mal-amados.
Grimi,
por ter sido contratado pelo Milan (penso que não mais que isso),
Pongole por uma época positiva em Huelva e Bojinov por ter sido uma das
maiores promessas do futebol europeu...ou búlgaro, se quisermos ser mais
exigentes.
O
certo é que o Sporting é que ficou com a batata quente na mão, por culpa
própria, claro está. Sabemos que contratar um futebolista não é uma
ciência exacta e estes erros de apreciação ocorrem amiúde mas, no
Sporting, ocorrem com uma frequência assustadora.
Veremos
como os responsáveis irão resolver estes últimos empecilhos na
engrenagem mas, seguramente, quando estes forem despachados já teremos
outros na pole position para nova varridela.
É que tão depressa um jogador é endeusado como a seguir se torna em vilão ou em anti-herói.
Aliás,
facilmente daria 3 ou 4 nomes de atletas que figurarão, a breve trecho,
na lista dos predilectos para arcar com as culpas de algum insucesso.
Alguns, até neste ainda incompleto período de defeso.
Apesar de alguma razão que os adeptos possam ter, os verdadeiros culpados foram e são, uma vez mais, quem achou que este ou aquele tinha qualidade suficiente para envergar a nossa camisola.
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