Enquanto
esperamos pelo jogo do próximo Domingo, o tempo é para nos entretemos
com pequenas grandes decisões no seio do clube ou, para quem gosta de
alargar os seus horizontes, estar atentos a outras decisões que marcam a
actualidade do dia.
O dia de ontem marcou a divulgação de lotes de capitães para a corrente época.
À
falta do Capitão América... do Capitão Gancho ou até do Capitão Roby,
sobraram Carriço, André Martins, Rinaudo, Patrício,e Elias.(C.A.R.P.E.)
Não
será por falta de matéria prima e qualidade que nos poderemos queixar,
mesmo que, eventualmente, possamos questionar algumas destas escolhas.
Claro
está que vários devem ter sido os factores e parâmetros que orientaram a
escolha, desde a longevidade no clube, passando pela capacidade de
liderança ou até, quem sabe, pelo tamanho do pé (para ser politicamente
correcto).
Quer-me
parecer que Rui Patrício será, por todos os motivos e mais alguns,
aquele que parte à frente nesta "luta fratricida", mas alguns poderão
interrogar-se pelas outras escolhas, mesmo que não fosse muita a margem
de manobra.
Quanto
a Patrício, alguns acham que a posição de guarda-redes é pouco indicada
para essas funções, por passarem grande parte do jogo longe dos locais
de decisão e onde a acção do capitão pode ser importante. Claro está que
muitos foram e muitos são os g.r. com esse cargo por isso, fica ao
critério de quem escolhe.
Já
Carriço e André Martins, dificilmente farão parte das escolhas
habituais de Sá Pinto para o onze inicial mas poderão, nas suas
esperadas presenças no banco de suplentes, alargar a sua influência e
transmitir, aos muitos estrangeiros do plantel, as linhas com que se
devia coser o clube.
Entretanto, Rinaudo e Elias têm algo em comum. São sul-americanos e estão no clube há pouco mais de um ano.
Já
abordámos esta questão noutra ocasião, e apesar de ser algo que tem uma
importância relativa, não deixa de ser curiosa alguma perda de
identidade que o Sporting (bem como os seus rivais) perde gradualmente.
Longe vão os tempos dos capitães com larga experiência e vivência no clube, para lá das capacidades futebolísticas e humanas.
Se
Rinaudo tem aquele carisma que muitos achamos importante para qualquer
atleta colocar em campo, de preferência com a nossa camisola, já a sua
reincidente propensão para entradas despropositadas e estar, de algum
modo, marcado pelos árbitros nacionais, parecem desaconselhar a sua
escolha.
Se
Rinaudo correr para um árbitro com a mesma vontade com que aborda um
adversário com bola, semelhante a um rottweiller há 3 semanas sem comer,
então é quase garantido que o vira do avesso, se porventura apanhar a
relva molhada. O que vale é que a agressão de Luisão poderá servir de
atenuante.
Elias,
o último dos visados e que também gozará do estatuto de titular, tem em
Alvalade uma legião de defensores, e outra de detractores.
Pode
também ter sido escolhido por ser o atleta mais caro alguma vez
contratado e, neste caso, à promoção devia ser adicionada uma taxa paga
pelo próprio para ajudar a abater a dívida contraída.
Muitos
admiram a sua entrega e polivalência, enquanto outros consideram que a
entrega esvai-se em muitos momentos e, além disso, que nunca joga na
posição onde mais pode render. Ok, mas esta segunda razão não será culpa
dele, digo eu.
Não
quero tecer grandes considerações a Elias mesmo que me pareça (numa
análise meramente superficial) que é um atleta que facilmente fugirá de
Alvalade, assim que surgir uma proposta que preencha os seus requisitos.Até lá, espero que ainda vá a tempo de conquistar algo, de leão ao peito.
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