Depois de uns dias atribulados, fruto da exibição e resultado menos conseguido para o campeonato, eis que volta o futebol.
Apesar das sucessivas desilusões, é sempre com esperança, curiosidade e renovada vontade que aguardamos pelo jogo.
Claro
está que a esperança está intacta na Liga Europa, pois joga-se hoje a
primeira jornada da fase de grupos, mas no campeonato já a desconfiança é
o adjectivo mais apropriado.
A
curiosidade, essa, reside em saber que futebol e equipa o Sporting se
apresta a apresentar. É que tanto um como outro têm sido demasiado
estáticos e sujeitos a pouquíssimas alterações.
Numa
época em que todos esfregámos as mãos de satisfação por possuirmos um
dos plantéis com mais qualidade dos últimos anos (se exceptuarmos as
limitações para a posição de ponta de lança) a realidade tem feito
esvair essa realidade. As opções de Sá Pinto têm deixado de fora muitas
das alternativas que todos anseiam rever (ou simplesmente ver), pois os
minutos a que tiveram direito quase se podem contar pelos dedos das
mãos.
Sabemos
que as lesões de Schaars e Rinaudo limitaram parte dessas escolhas, e
deste modo o meio campo tem tido tanto de imutável quanto de falta de
profundidade ofensiva. Só Elias, a espaços, dá alguma dose de
imprevisibilidade às acções no miolo do terreno, e isto quando Sá Pinto
abdica temporariamente (ou em fase de desespero) de um brasileiro mais
preocupado em gerar equilíbrios defensivos. Já Labyad, Jeffren e Viola
têm-se limitado a ver os jogos do banco ou a dar meros contributos
pontuais, com a agravante da paragem competitiva que os terá deixado
ainda em piores condições para competir.
É
curioso que uma equipa que tem demonstrado uma aterradora ineficácia e
propensão atacantes, abdique voluntariamente de outros valores do
plantel. É certo e sabido que o treinador é que trabalha com eles, que
os conhece melhor que ninguém (como se costuma dizer) mas, por essa
ordem de ideias, não se compreenderia que certos jogadores e equipas
beneficiem de súbitas apostas no seu contributo ou, até, após alterações
da equipa técnica.
Já
a questão Insúa não me incomoda, mas continuo a acreditar que Pranjic
está sub-aproveitado na posição de lateral esquerdo. Acredito que o
argentino possa não estar no seu pico de forma mas, ainda assim,
gostaria de ver o croata jogar na posição onde mais pode render, não
esquecendo que o Sporting tem apresentado as tais limitações de criação
de jogo, só agora algo esbatidas com o regresso de Izmailov.
Hoje
poderemos tirar algumas destas dúvidas e incertezas ou (diabo seja
cego, surdo, mudo e paralítico) poderemos ficar com as mesmas que nos
atormentam o espírito, desde que começou a época (e já lá vão umas
valentes semanas).
Como é hábito, pode seguir as incidências do jogo, que será transmitido a partir das 20.05 na SIC, também nos links que disponibilizamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário