O Sporting prepara-se para, finalmente, ter o seu canal de televisão.
Este
anseio dos seus milhões de adeptos parece estar cada vez mais perto de
se concretizar mas, infelizmente, ainda não há datas previstas para o
solene momento, apesar do vogal do Conselho Directivo do clube, Rui
Paulo Figueiredo, apontar o começo das emissões para o ano de 2013.
Se as previsões não saírem furadas, poderão faltar 3...ou 15 meses!!
Quem esperou tanto, poderá fazê-lo mais um pouco, desde que o projecto seja credível e sustentável.
"Estamos a avançar com passos firmes no projecto do canal de televisão em relação ao qual esperamos notícias em breve", salienta o dirigente.
Rui Paulo Figueiredo revela ainda que o Sporting está a "avaliar possibilidades" e a tentar retirar lições das experiências de FC Porto e Benfica, com o Porto Canal e a Benfica TV. "Queremos fazer bem e rápido".
Claro está que, havendo modelos comparativos, podemos e devemos estudá-los para saber qual o melhor caminho a seguir.
No entanto, Rui Paulo Figueiredo bem que poderia ter camuflado esta dependência e tentar demonstrar que, apesar de todas as evidências, não andamos a reboque dos outros dois clubes, e que o Sporting tem um caminho próprio.
No entanto, Rui Paulo Figueiredo bem que poderia ter camuflado esta dependência e tentar demonstrar que, apesar de todas as evidências, não andamos a reboque dos outros dois clubes, e que o Sporting tem um caminho próprio.
Talvez
esteja assim mais que justificada a nossa galopante subalternização,
pois há muito perdemos capacidade de intervenção e de decisão no
panorama do desporto e da sociedade portuguesa.
Longe
vão os tempos em que, apesar de estarmos atrás do rival lisboeta na
conquista de títulos no futebol (e décadas à frente do outro do Norte)
possuíamos um invejável palmarés nas modalidades e um pioneirismo ímpar,
como pode por exemplo constatar-se ao lermos passagens da épica
construção do Estádio José de Alvalade.
O crescimento contínuo do SCP, então a caminho dos 50 anos de vida, impunha um novo Estádio.
Foi necessário um grande esforço de mobilização
sportinguista para erguer uma obra que, para a época, era pioneira e
avançada no seu tempo, dispondo de condições únicas em toda a Península
Ibérica. A construção do novo Estádio foi uma história feita de muitas
histórias de dedicação, amor clubista e criatividade.
A iluminação do Estádio José Alvalade, outra inovação introduzida em
Portugal pelo novo recinto, iria permitir a realização de competições
nocturnas dos mais variados desportos, o que fazia com que o Estádio
José Alvalade fosse o único da Península Ibérica com característica de
Estádio Olímpico. Tal como o sistema eléctrico, a aparelhagem sonora
montada no novo Estádio do SCP era na altura o último grito a nível
tecnológico.
No
entanto, este definhar do clube e dos seus horizontes não é fenómeno
que tenha ganho preponderância nos últimos tempos, apesar de ser fácil
apontar o dedo acusatório às mais recentes direcções e modelos organizativos .
Já
no tempo de Carlos Queiroz como treinador do Sporting, portanto nos
idos anos 90 e ainda sem Roquetismos e croquetismos à vista, já era
notícia que o Guimarães tinha muito melhores condições de trabalho que o
Sporting, com campo de treinos para a equipa profissional, enquanto o
Sporting se debatia para arranjar locais decentes para o fazer.
Também
o pavilhão, infelizmente, é um sonho adiado, apesar dos sinais positivos nesse sentido. Esta situação é impensável para um
clube com esta dimensão e história, a nível das modalidades.
Ainda
na época passada, o sérvio que veio jogar para na secção de andebol
ficou admirado pela singularidade do clube, pois não ter local próprio
de treinos e jogos era algo pouco consentâneo com a grandeza do clube.
Mesmo
que tenhamos do nosso lado os argumentos que o Sporting não beneficiou
das benesses concedidas a Benfica e Porto na altura da construção dos
seus, a verdade é que a perda de poder negocial com as entidades
responsáveis e o acomodamento à nossa sorte talvez seja, uma vez mais,
um sintoma de que a falta de vigor do clube está relacionado com a
qualidade de quem dirige ou dirigiu o clube, nas últimas décadas.
Quer-me parecer que, caso as coisas não mudem radicalmente, iremos passar a estar na vanguarda...da retaguarda, lutando ombro a ombro com o Braga ou outros, que queiram ascender ao patamar intermédio.
TEmos gente com visão no Clube, apenas não estão é dentro do centro de Poder! Mas enquanto intitularem a geração nova de aventureira a coisa não vai mudar!
ResponderEliminarVisite http://adfoc.us/722758817127
Caro Bruno
EliminarA sucessão de erros de estratégia,de falta de visão, de simples falta de capacidade para ocupar certos cargos, tem sido gritante. No entanto, penso que tal não se prende por ser ou deixar de ser aventureira.
A qualidade e capacidade dos nossos dirigentes tem deixado muito a desejar, e nada melhor para provar esta constatação que a falta de resultados e a perda gradual de influência do clube, a todos os níveis.
Não sou nem quero ser profeta da desgraça, mas os sinais que continuamos a receber não auguram uma grande mudança, tendo em vista a reaproximação aos outros grandes...ou ao encurtar do fosso que, aos poucos, se foi cavando.
Obg pelo comentário