O presidente do
Sporting revelou ontem que o Sporting recusou propostas por cinco jogadores no
último defeso, de forma a não hipotecar o projecto desportivo da equipa.
Esta declaração, inserida no acto de apresentação das equipas de formação, teve o valor ou importância que lhe quiserem dar.
Para mim, não teve nenhuma.
Poderia
ainda assim servir para especular sobre as ofertas que chegaram, bem
como os valores que se poderão ter manejado ou para o facto de não ter
chegado nenhuma proposta e o presidente estar a fazer-se...caro,
aproveitando para deixar claro que os objectivos deste ano são mais do
que a simples consolidação do projecto desportivo.
Pois bem, o mais curioso deste não-facto é que a prolífica e activa massa crítica sportinguista não dorme em serviço.
Hoje já foi possível saber que Dias da Cunha, antigo presidente leonino, apoia a decisão de recusar vender jogadores.
O ex-líder, que celebrizou e desmascarou o célebre sistema (e não falava de nenhum sistema táctico, infelizmente) veio lesto comentar o tema, mas resta saber se foi a pedido do jornal onde aparece a notícia ou se veio comentar, por livre iniciativa.
O ex-líder, que celebrizou e desmascarou o célebre sistema (e não falava de nenhum sistema táctico, infelizmente) veio lesto comentar o tema, mas resta saber se foi a pedido do jornal onde aparece a notícia ou se veio comentar, por livre iniciativa.
Gostava
de saber a sua opinião, enquanto líder do Sporting, quando as aves de
agoiro pairavam na sua cabeça, a cada decisão que teve que tomar ou a cada entrevista que concedeu.
Independentemente
dele, desta vez, estar do lado da direcção, o que me conspurca a alma é
este comportamento compulsivo de quererem opinar e ser foco de notícia,
quando já passou o tempo em que foram mandatados para tal desígnio.
Têm
o direito de falar, como todos nós, efectivamente, mas se o amor ao
Sporting se sobrepusesse à sua auto-estima, certamente ficariam calados
muito mais tempo.
Ainda
há dias dizia João Benedito, numa declaração que correu célere pelas
redes sociais e comunicação social: " como se não bastassem os ataques
dos inimigos, esta vem de quem tem por
dever proteger. Enquanto os outros se unem em torno de um ideal, de um
clube, ou, se quiserem, do tão apregoado amor, os nossos ex-dirigentes,
ex-capitães, ex-jogadores, ex-qualquer coisa, decidem-se sempre pela via
da qual advém mais protagonismo...a crítica negativa."
Apesar
deste comentário de Dias da Cunha não se inserir no extenso rol de
comentários depreciativos e ostensivamente lesivos para os nossos
interesses, questiono-me qual a necessidade de vir comentar toda e
qualquer iniciativa da Direcção eleita e empossada.
É
claro que também os autores de blogues, sites ou nos inúmeros escritos
nas redes sociais também podem estar sob o espectro da crítica, ao
comentar diariamente a actualidade leonina mas, poria isto em dois
patamares.
Primeiro,
concordo que muitos dos locais que podem ser visitados não defendem
intransigentemente os ideais leoninos, apesar de terem algumas vezes
motivos para discordar ou desmascarar situações que, essas também, podem
lesar gravemente a instituição.
Segundo, a falta de mediatismo a que estamos sujeitos coloca-nos no sítio ao qual pertencemos.
Por
estas razões, apesar de também nós devermos ter a sensatez para saber
usar os meios de difusão que estão ao nosso dispor, a responsabilidade
maior está do lado de quem, por motivos óbvios, devia ser referência na
defesa dos interesses do clube.
comparar o menos mau dos nossos presidentes dos ultimos 20 anos com os nojentos papagaios e abutres que andam á volta do SCP não me parece fazer muito sentido.
ResponderEliminaro que acontece é que esta decisão de não vender do G.Lopes ganha legitimidade com a concordância do Dias da Cunha, que, bem ou mal, o tem apoiado sempre.
parece-me uma má comparação.
Caro SS
EliminarNão sei, tal como provavelmente Dias da Cunha também desconhecerá, se houve algum interesse real nalgum jogador do Sporting.
Aqui, o que questiono é a pertinência da presença assídua de ex-individualidades ligadas ao universo leonino, na comunicação social.
Aliás, se teve oportunidade de ler a crónica na sua totalidade, está bem explícito que a intervenção do ex-presidente nem sequer "se insere no extenso rol de comentários depreciativos e ostensivamente lesivos para os nossos interesses", bem como o identifico como a pessoa que tentou fazer uma cruzada contra o polvo, bem antes de se falar do Paul (o polvo do mundial da Alemanha).
O título é muito mais abrangente do que ligá-lo ao nome de Dias da Cunha, pessoa que, tal como o caro SS, considero o que menos lesou o Sporting, nessa tal era que refere.
O facto de escrever alguns parágrafos no plural significa que a crítica vai muito além do que posso, erradamente,ter dado a entender.
Por isso, continuo a questionar a necessidade de virem todas estas figuras comentar toda e qualquer actualidade leonina, algo que está longe de acontecer no clube que deveria servir de modelo na relação que mantém com os media.
Repito, esta crónica sustenta-se nessa declaração, inócua e sem qualquer prejuízo para os interesses leoninos, mas deve fazer reflectir sobre a necessidade real que existe em passarem os dias a comentar, dando azo a mal-entendidos desnecessários.
Obg pelo comentário
SL
O que se estranha é que o teu post apareça quando existe uma crítica positiva. Ultimamente, o que não tem faltado, são críticas por tudo e por nada à direção e não me lembro de questionares a oportunidades dessas críticas. Parece que um apoio de um dos mais bem-vistos ex-presidentes do Sporting, afecta a tua agenda...
ResponderEliminarCaro Rui
EliminarNão sei se é ou não leitor habitual. Duvido que seja, ao referir que não se lembra de alusões às papagaices dos "ilustres". Uma das coisas por que me tenho batido é precisamente pelo mal que muitos têm feito, ao vir constantemente para a opinião pública opinar sobre tudo o que diga respeito ao Sporting. Já fiz alusões a Eduardo Barroso, a Vicente Moura, a Carlos Barbosa...às entrevistas de Costinha...a alguns ex de tudo e mais alguma coisa. Felizmente não tenho agenda, pois o meu único interesse é o Sporting e estou pouco preocupado se quem está n direcção é Godinho ou BdC, pois só quero que façam o melhor pelo clube. O que sei é que, independentemente de quem lá esteja, será mais fácil trabalhar sem as aparições constantes nos media de quem quer que seja. Admito que a crónica possa ter induzido em erro, mas se teve oportunidade de ler a resposta a outro leitor, pode aperceber-se que nada me move contra Dias da Cunha, antes pelo contrário. Considero-o o melhor desta triste era Roquette. Ainda assim, respeitar a pessoa não quer dizer que se diga ámen a tudo o que dizem ou fazem. Precisamente a minha independência permite-me que me sinta no direito, ou dever, de dizer quando acho que algo não está bem. NO caso, e como pode ter tido oportunidade de ler na resposta ao comentário anterior, não vejo necessidade de virem os ex-qualquer-coisa dizer sim...ou não...a qualquer medida que se tome. Não percebo o porquê, como não percebo que Inácio, que se diz sportinguista esteja sempre a comentar a actualidade do futebol do Porto.
Obg pl'o comentário
SL