O Sporting dá hoje no Bessa mais uma importante braçada para se manter
à tona no campeonato.
Perante uma aguerrida equipa, que tirou pontos ao porto e não tirou ao
benfica porque não deixaram, o Sporting irá certamente passar por dificuldades.
A proximidade do decisivo jogo da Champions não poderá ocupar a mente
dos jogadores, ou arriscam-se a ficar sem nada de uma assentada.
O relvado sintético poderá ser apenas mais uma das dificuldades que
irá encontrar, perante uns axadrezados que não irão contar com Mika, Philipe
Sampaio e Brayan Beckeles, justamente expulsos no jogo contra o Marítimo.
Quem estranhamente talvez também não jogue é a influente dupla do Belenenses,
na sua visita ao campo do benfica.
Deyverson e Miguel Rosa, bem como o treinador Lito Vidigal, estão à
espera de ordens da entidade suprema que superintende o futebol.
Na época passada chegou a ordem para que estes dois e o paraguaio Rojas
não fossem convocados, perante o desagrado do clube do Restelo, mas quem se
baixa em demasia arrisca-se a que se lhe vejam os entrefolhos.
O curioso de mais esta caricata história do futebol português, é que
nem os regulamentos permitem que qualquer jogador seja impedido de jogar pelo
clube detentor do seu passe, nem sequer estes dois jogadores pertencem aos
quadros do benfica.
O clube encarnado detém uma percentagem do passe de M.Rosa, e tem
opção para a recompra de Deyverson, o que em termos práticos nada significa.
O que sim tem significado é a possibilidade de, uma vez mais, os
regulamentos serem atropelados, perante a passividade das entidades que regulam
o futebol, perante a indecência do clube prevaricador e perante a impotência do
clube submisso.
Há não muito tempo foi notícia a tentativa do Chelsea em impedir que
Courtois, o guarda-redes que estava emprestado ao At.Madrid, defrontasse a
casa-mãe.
A UEFA foi intransigente, e ameaçou o clube inglês com sanções, pois
(e cito) “A integridade da competição desportiva é um princípio fundamental”.
Courtois jogou mesmo, e o Atlético carimbou o passaporte para a final
da Champions.
Por cá, a subalternização e o medo imperam, pelo que será de esperar
que os jogadores fiquem uma vez mais a ver o jogo pela tv.
A não ser que…joguem “condicionados”.
Desculpem-me os puristas, mas já não acredito em fadas.
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