O
jornal Público faz hoje capa com uma das (supostas) imagens que exaltam a
violência e conotações fascistas que, dizem, forram os corredores de
acesso aos balneários das equipas visitantes.
Vamos
por partes. Em primeiro lugar, demarco-me completamente de qualquer
tipo de violência, seja através de implícitas imagens...ou de explícita
violência nos túneis de acesso de outros clubes. Não, não estou a
justificar a colocação de imagens porque nos famosos túneis do Dragão (e
o anteriormente famoso túnel das Antas) ou o mais recente túnel da Luz
se tornaram num calvário para muitas equipas visitantes, ou de
arbitragem. Estou mesmo a criticar todos os procedimentos, mesmo que
desconheça grande parte da violência praticada e do conteúdo das
imagens.
Em relação à imagem que ilustra esta crónica e a capa do Público,
goste-se ou não, parece-me o espelho de uma qualquer claque que apoia um
dos grandes. Então, o jornalista não gosta da fotografia de uma
realidade dos nossos campos de futebol? Pois, provavelmente não, mas
podiam nesse caso fazer capa de jornal e investigar (em véspera de clássico, ou de um outro qualquer jogo, para não parecer propositado) o sub-mundo das claques organizadas, quer das legalizadas quer das...outras.
Noutro
registo, recentemente pude ver uma imagem semelhante, só com o
encapuzado, para chamar a atenção de que a contrafacção (no caso de
produtos Sporting) é crime. A situação é diferente, mas parece que o
fetiche do capuz se mantém. Provavelmente teremos modelos masculinos
muito feios.
Pode ler-se na crónica que: "O PÚBLICO teve acesso a fotos
tiradas num jogo desta época na zona reservada aos intervenientes no
encontro e pôde depois comprovar a veracidade delas, numa visita
turística ao estádio, onde foi possível ver uma parte desse corredor, já
que a outra estava vedada às visitas. Na parte aberta do corredor
estava, por exemplo, o painel em que um adepto aparece de braço esticado
(tal como nas saudações fascistas), enquanto as imagens com a tatuagem
da cruz de ferro não se encontravam neste corredor: estão na área não
visitada ou foram entretanto removidas?"
Ou
seja, alguém que lá se deslocou mostrou-se chocado com as imagens, vai
daí foi fazer queixinhas aos amigos de um determinado jornal (não um
qualquer, tem que ser um com conotações azuis, em véspera de clássico) e
estes fizeram uma visita guiada, mascarados de sportinguistas, para
confirmar as suspeitas. Bem, gabe-se o gesto de ir "ao local do crime",
para não estar a escrever sem fundamento, mas as interrogações que
deixam no final do parágrafo são no mínimo ridículas. Limitem-se a
criticar o que viram, ou peçam a algum amigo que vá como visitante que
tire fotos para ilustrar as suspeitas.
Curioso
é que ainda nenhuma equipa que visitou Alvalade este ano se referiu ao
assunto. Penso que, se as imagens visam intimidar ninguém ainda deu por
isso, ou já teria seguido a queixa formal.
Entretanto,
como o Sporting não respondeu às questões colocadas pelo referido
jornal, decidiram publicar uma frase de Paulo P. Cristovão, datada de
Agosto. “Aqui mandamos nós... somos o Sporting”.
Fico
por saber se ele tivesse dito, em Novembro de 1998, que "Gosto de
bacalhau à Brás com azeitona preta", se eventualmente também poderia ser
adaptada à notícia em causa.
Por
muito menos que esta notícia publicada no Público, o jornalista
Valdemar Duarte levou umas valentes galhetadas, recentemente, no
Dragão!!
Só espero que a Prosegur tenha pago para ter publicidade nos corredores de Alvalade.
ResponderEliminarDe resto, não vejo qual o problemas das imagens...
Se tivessem uma foto do Estádio ad Luz a arder.... uma foto do Sapunaru ou do Hulk a praticar karaté....vá lá... agora adeptos nossos????
Qual o stress????
È partir os cornos a esses marcões do Publico e puxar fogo ao jornal....
JR
Bota fogo é a vossa especialidade.
ResponderEliminarCaro anónimo das 12.19. É com grande satisfação que tenho oportunidade de observar a importância que o Sporting, e um simples Núcleo sportinguista vos é devida. Eu, ao contrário, não tenho a mínima curiosidade em consultar, visitar e muito menos comentar as opiniões relativas aos clubes alheios, mas isto são tão só questões de prioridades.
ResponderEliminarNão sei se é um fetiche, ou qualquer tipo de sado-masoquismo, mas sempre respeitei as formas que cada um encontra para se auto-satisfazer. Volte sempre, porque as páginas continuarão abertas a todas as correntes de opinião, a não ser que alguém ultrapasse o limite da razoabilidade e , aí sim, o comentário será eliminado. SAUDAÇÕES LEONINAS