Nesta
época quase irremediavelmente perdida, muitas...demasiadas foram as
condicionantes que nos colocaram numa posição que tem tanto de ingrata
como de anormal, face ao investimento e qualidade do plantel. Nunca
saberemos o que teria acontecido se o início da época não tivesse sido
marcado por arbitragens que inclinaram os campos dos três históricos
candidatos ao título, em inversa proporcionalidade. Não foram só os
pontos espoliados ao Sporting, porque o trabalho cedo foi feito para
elevar os índices a quem se arrastava em campo e tentar afundar quem
melhor futebol praticava. Basta procurar as crónicas dos primeiros jogos
da época e fazer contas, ou pedir ao Eng. Guterres para as fazer.
Não bastava esta contingência, já de si tão pesada e com evidente
efeitos nefastos na classificação, quando a mala-pata decidiu entrar em
acção. Não me ocorre nenhum jogo nesta época onde tivéssemos o plantel
todo disponível, e quando o comboio circulava em velocidade de cruzeiro e
encarrilado, mesmo com algumas ausências pontuais, uma autêntica praga
se abateu sobre os nossos jogadores. Têm caído que nem moscas, com uma
cadência assustadora.
A
lesão de Rinaudo, longa e nas vésperas de um ciclo (com)prometedor,
cedo revelou uma dependência que teria consequências devastadoras. O
futebol leonino nunca recuperou da sua ausência, e raros foram os
titulares que não passaram pelo departamento médico, para compor o
pesadelo.
Não se fazem omeletes sem ovos, e os que nos restaram, eram de codorniz.
Os
regressos dos lesionados têm sido a conta-gotas...muitos deles quase a
fazer a pré-época, mas rapidamente outros vão ocupar a marquesa que
vagou, e assim tem sido muito complicado para Domingos gerir e trabalhar
a contento de todos.
Hoje,
a notícia que tanto ansiámos e que tanto tardava, finalmente chegou.
Rinaudo (e Izmailov) voltaram a treinar-se com o grupo, e deste modo
ilumina-se um pouco o horizonte, com uns raios de sol a clarear estes meses de obscurantismo.
Ainda
estaremos a algum tempo do regresso em pleno, mas já são indicadores
positivos, apesar de acreditar que em mais este ciclo decisivo para as
curtas aspirações de minimizar os danos da época, ainda teremos a equipa
ao pé-coxinho.
Seja como for, o nosso tractor está de volta!!
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