Quando entrámos numa semana de importantes decisões ou, pelo menos, de definição
das nossas possibilidades na Liga Europa, não posso deixar de comentar
um fim-de-semana órfão da equipa profissional de futebol mas em que o
clube esteve representado nas mais variadas modalidades.
Se
no futsal a tradição e favoritismo ainda se puderam vislumbrar em
campo, já nos escalões de formação de futebol o horizonte não se afigura
muito brilhante.
Sei
que as competições de iniciados e juvenis acabaram de começar, e que os
juniores ainda têm possibilidades de voltar a vencer um troféu perdido o
ano passado mas, depois de uma época a zero da mais afamada academia de
futebol, e que tanto nos orgulha, estarmos outra época a jejuar deveria
fazer meditar.
Os
resultados deste fim de semana acabam por ser normais, nestes
confrontos de candidatos, mas o empate caseiro dos juvenis com o Porto e
a derrota dos iniciados em casa do Benfica colocam-nos logo à primeira
jornada a olhar com mais atenção para o calendário.
Sei também que há defensores intransigentes do trabalho que se faz na Academia mas, esta não é a altura nem o momento para reflectir sobre o assunto.
Para ontem ficou guardado o prato forte da jornada de andebol, que poderia trazer alguma esperança no retomar de um título que já nos foge há vários anos ou, baixar a guarda definitivamente.
É
sempre com tristeza que comento alguns desaires, mas o tempo de jogo
que consegui assistir do encontro decisivo para as nossas cores, foi
deprimente. Eu sei que o desporto é pródigo em jornadas aziagas, em
exibições individuais ou colectivas abaixo do exigível, mas enquanto a
vergonha não se apoderou de mim, acreditei estar a ver uma equipa de
iniciados ou, sendo optimista, uma de juvenis, a defrontar o futuro
tetra-campeão nacional.
Infelizmente para as nossas cores, e para esta secção, os resultados
negativos com o clube que ontem defrontámos são a regra dos últimos
anos, sendo que a excepção ocorrida em Tavira, para a final da Taça de
Portugal, chegou em boa hora, mas não apaga a inevitável e notória perda
de hegemonia no andebol nacional para este rival.
Quando
o jogo de ontem pediria uma equipa e jogadores de barba rija,
apareceram com camisolas do Sporting atletas imberbes e que pareciam ter
o peso do mundo às suas costas.
Como
é óbvio não vou estar a fazer apreciações técnico-tácticas, mas até o
grande sportinguista Ricardo Andorinho, que comentou o jogo para a RTP,
estava incrédulo com a postura da equipa.
Mais
do que a derrota por números impensáveis (21-33) e a exibição que roçou
o ridículo, preocupa-me o timing em que ela acontece, pois estamos a
uma semana do decisivo confronto europeu e estava em crer que nos
iríamos apresentar em crescendo de forma.
Espero
que este saco de golos e a preocupante falta de agressividade
defensiva, bem como o vazio de ideias no ataque não pesem no
subconsciente dos jogadores, para o embate do próximo fim-de-semana, com
os difíceis suíços do Wacker Thun.
Se os suíços tiveram oportunidade de espiar o futuro adversário, devem vir com a confiança em alta.
Quem sabe não foi estratégia !! (ironia de 2ª feira)
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