Depois de uma natural pausa pascal, eis-me de regresso, e logo em dia de derby.
Seja em dia de clássico, em dia de Natal ou no dia da Espiga, é sempre actual relembrarmos certos pormenores, que ajudam a colorir os duelos que opõem o Sporting a qualquer dos outros grandes.
Seja em dia de clássico, em dia de Natal ou no dia da Espiga, é sempre actual relembrarmos certos pormenores, que ajudam a colorir os duelos que opõem o Sporting a qualquer dos outros grandes.
Quem
segue este blogue sabe a opinião que tenho sobre Djaló, ex-jogador
leonino e, por portas-travessas, actual jogador encarnado.
Nunca
fui admirador confesso do atleta, apesar de algumas boas exibições, mas
também sempre achei que deveria ter sido valorizado para ser
transaccionado como uma mais-valia, a exemplo de tantos e tantos atletas
dos rivais, a quem se pode aplicar o sábio refrão "vender gato por
lebre".
Nunca, mas nunca deveria ter ido parar a um adversário directo, para mais quando nem sequer fomos compensados pela sua formação.
Nunca,
mas nunca seria capaz de o assobiar, como atleta de leão ao peito, tal
como não o faria a nenhum outro que vista a nossa camisola.
Também
seria incapaz, como muitos, de aplaudir Rúben Micael, quando jogou pela
última vez com a camisola do Nacional em Alvalade, vá-se lá saber
porquê (eu até sei) ao passo que alguns de verde e branco eram
assobiados.
Isto
são considerações pessoais, e admito que outros tenham outra maneira de
encarar os nossos activos (como tanta gente gosta de apelidar ) ao
ponto de criar ambientes negativos aos atletas do próprio clube.
Os adeptos do Sporting são, realmente, muito originais, por vezes.
Os adeptos do Sporting são, realmente, muito originais, por vezes.
Em
dia de jogo grande, deparei-me com um artigo sobre o regresso do
mal-amado, e quem melhor para opinar (uma vez mais) sobre Yannick que Francisco Cruz,
olheiro dos encarnados e responsável pelo lar onde morava Djaló, quando
ingressou na Associação Desportiva Estação, da Covilhã.
Pois, quando no final de Janeiro se soube que Djaló iria para o Benfica, este senhor teceu as seguintes considerações:
"Yannick Djaló foi sugerido ao Benfica, "o seu clube de coração", antes de seguir para o Sporting. A revelação é feita em Bola Branca pelo olheiro dos encarnados Francisco Cruz, responsável pelo lar onde morava Djaló.
O
jogador foi sempre benfiquista, como garante Francisco Cruz: "O Yannick,
na altura, posso confidenciar, era mesmo um benfiquista ferrenho. Ele
gostava imenso de ir para o Benfica, mas, como lhe apareceu a hipótese
de ir jogar para o Sporting, ele aproveitou. Quando era jovem, o Yannick
Djaló já era um benfiquista ferrenho. Na altura, juntei o útil ao
agradável, porque era treinador do Estação, mas também era 'olheiro' do
Benfica. Mas não o quiseram e abriram agora os olhos."
Não
sei se a opção foi da Renascença ou de Francisco Cruz, mas ficámos a
saber que Djaló era, afinal, mais um "infiltrado" no coração do leão.
Ontem, o senhor da Covilhã voltou a contar a história, mas esta tem mais capítulos.
Ontem, o senhor da Covilhã voltou a contar a história, mas esta tem mais capítulos.
Não me parece que se tivesse lembrado de repente, ou talvez sim, mas parece-me importante que a verdade seja sempre reposta.
À
maioria não lhe interessará saber, mas eu gosto que gostem do Sporting
mas, acima de tudo, que as mentiras, as inverdades ou as omissões não se
imponham.
"Francisco Cruz não estranha, mas nota a diferença: ao contrário do que
acontecia, este ano não recebeu a habitual chamada
de Djaló. «Ligava-me antes de cada derby a dizer
que ia marcar ao meu clube», conta. «Eu respondia-lhe que até podia marcar
dois,
desde que o Benfica fizesse três».
Agora,
e pela primeira vez, Yannick vai entrar vestido
de encarnado em Alvalade. O que pode ser um choque. «Ele quando aqui
estava
era benfiquista. Mas depois foi para o Sporting,
eu perguntava-lhe se não sentia ainda uma coisinha pelo Benfica e ele
respondia
que não. Que era sportinguista.»
Como
qualquer sportinguista, queria que o rival de todos os dias perdesse
exactamente
todos os dias. «Agora vai estar com muita
vontade de fazer um golo.» Ele que um dia disse ser filho do Sporting.
Os adeptos
nunca o receberam como se recebe um filho: hoje
podem assobiá-lo mais do que nunca."
Ou seja, da entrevista de Fevereiro a esta só passaram 3 meses, mas Yannick passou de benfiquista ferrenho para sportinguista.
Não é que agora faça grande diferença, mas nunca é demais repor a verdade, para não se tornarem eternas mentiras, como muitas que tomaram conta do nosso futebol.
Só espero que os adeptos do Sporting não o recebam agora como saudaram Rúben Micael quando se despediu, em Alvalade, do Nacional, antes de ingressar no Porto(!!!), mas tenho pena que Djaló tenha saído do Sporting com o estigma de patinho feio.
Não é que agora faça grande diferença, mas nunca é demais repor a verdade, para não se tornarem eternas mentiras, como muitas que tomaram conta do nosso futebol.
Só espero que os adeptos do Sporting não o recebam agora como saudaram Rúben Micael quando se despediu, em Alvalade, do Nacional, antes de ingressar no Porto(!!!), mas tenho pena que Djaló tenha saído do Sporting com o estigma de patinho feio.
Acredito
que Yannick continuará com uma costela sportinguista, visto ter tido
uma ligação de 10 anos ao clube, e compreenderá, agora, que veste a
camisola rival e esse peso paga-se.
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