Ontem podia ler-se, para os mais
curiosos e atentos a estatísticas, os números recorde (tal como a
publicação) que Capel leva esta época, bem como o currículo do espanhol
em competições internacionais que, segundo o jornal em causa, pode ser um trunfo
muito importante para Ricardo Sá Pinto utilizar nas decisivas partidas
que se aproximam.
Contudo,
o que mais me chama a atenção é a continuidade na teoria que o Sporting
e alguns dos seus jogadores têm vantagem, perante o Athletic Bilbau,
pela experiência e currículos adquiridos.
Ainda
não é hoje que vou apresentar e justificar a minha opinião,
relativamente a esta eliminatória, mas no que concerne a esta vantagem
que alguns expert nos atribuem, tenho as minhas dúvidas.
Diz
a publicação que Capel tem no seu currículo, entre outros, uma
Supertaça Europeia, um Campeonato Europeu de sub-21 e duas Taças UEFA.
Sem querer retirar mérito ao extremo espanhol, convém no entanto
recordar que na época 2005-2006, Capel jogou 18 minutos na fase de
grupos da UEFA, não voltando a dar o seu contributo, até terem levantado
o troféu. No jogo da final nem sequer esteve no banco, num plantel,
aliás, de grande valia e que dominou esta competição durante dois anos
consecutivos.
Na época seguinte o cenário foi parecido, e Capel
teve direito a jogar 70 minutos de um jogo dos 1/16 avos de final, numa
eliminatória já resolvida.
Mais uma vez não constou no lote de 18 que estiveram na final de Glasgow.
Também na Supertaça Europeia não chegou a fazer parte dos escolhidos para o jogo do Mónaco.
Há
inúmeros atletas que também constam do rol de vencedores de uma
determinada competição, não tendo no entanto dado contributo de relevo,
mas para o currículo individual estes pormenores pouco contam.
Não
quero com esta apreciação diminuir o mérito que Capel tem esta época, e
desejo-lhe os maiores sucessos individuais e colectivos, mas temos que
relativizar alguns dados.
Quero, no entanto, contrariar algumas
teorias que me parecem despropositadas. Não é a primeira vez que nos
vejo ser atribuído favoritismo, por alegadamente termos mais experiência
histórica, enquanto clube.
Não vejo é onde entra, no capítulo dos
prós e contras, o facto de termos mais experiência internacional,
adquirida em dezenas de anos de confrontos europeus.
Este exemplo
de Capel é significativo, e felizmente este ainda pode contar aos netos
os seus feitos, algo que poucos atletas leoninos o poderão fazer.
Esperemos que este vazio seja preenchido em breve, para orgulho da família leonina.
Do lado bilbaino, Fernando Llorente e Javier Martinez, campeões
do Mundo em título, Aitor Ocio, 2 Taças UEFA com o Sevilha, Mikel San
José e Ander Herrera e Iker Muniain, campeões da Europa de sub-21 têm
currículo de fazer inveja, e que fazem pequeno o feito apontado a Capel.
Sem comentários:
Enviar um comentário