Para mim, todas as vitórias do Sporting são saborosas.
Para alguns, algumas vitórias são especiais, como aconteceu no recente derby lisboeta.
Hoje,
para mim, esta vitória teve um sabor especial, depois de uma semana de
ataque cerrado e de verborreia inqualificável, por parte do presidente
nacionalista.
Não
sei se alguém terá viajado com Carlos Xistra, desta vez, mas o que é
certo é que voltamos a vencer no reduto de uma equipa que, pessoalmente,
já me começa a enjoar, dada a constante investida contra os nossos interesses e contra o bom relacionamento institucional entre as colectividades.
O
treinador nacionalista vincou a superioridade da sua equipa
relativamente à equipa de suplentes leoninos, e tem alguma razão quanto
ao domínio territorial e de posse de bola.
Felizmente
Caixinha não se esqueceu de referir que contra os titulares do Porto a
superioridade também foi (ainda mais, digo eu) evidente, mas de vitórias morais estou eu farto.
O
jogo tem uma história difícil de contar, para quem gosta de aflorar os
pormenores técnico-tácticos. O Sporting não apresentou um futebol
fluído, provavelmente fruto de ter apresentado uma equipa de recurso,
com a particularidade de o ter feito no campo de um adversário
tradicionalmente muito complicado, o que vem valorizar o resultado.
Jogar
na Choupana não é o mesmo que jogar em Leiria, e ainda com a agravante
de o ter feito durante mais de meia hora com 10 jogadores.
Contudo, a opção de risco (mas a única possível de ser tomada) de Sá Pinto foi bem sucedida, e
as opções que tomou no decorrer do jogo também foram as mais acertadas.
Claro, quando se ganha arrisca-se a ser considerado um "génio", mas a
unidade em sub-rendimento na primeira parte era relativamente fácil de vislumbrar. Já a troca de um médio por um ponta-de-lança, após a expulsão de Rubio já
não estaria nas previsões de todos, bem como a troca, pouco depois, de
um defesa por um médio (Arias por Jeffren) com o recuo de Pereirinha.
Estas alterações conferiram maior consistência à equipa, mas permitiu
que pudesse, em momentos pontuais, ser mais contundente ofensivamente, e
por isso, penso que Sá Pinto também deve ter nota positiva, tal como
Marcelo, unanimemente considerado o MVP do jogo.
Não
é fácil fazer esta valoração nem comparações, mas não me admiraria que
Domingos, numa mesma situação, metesse a marcha-atrás, com a introdução
de mais unidades defensivas.Claro está que umas vezes as coisas saem
bem, outras nem tanto, mas gostaria de valorizar esta atitude, do nosso
treinador.
Uma das
vertentes menos positivas, mesmo tendo em conta que a equipa apresentada
era de recurso, foi alguma fragilidade defensiva, que redundou em dois
golos sofridos, e mais uma série de oportunidades felizmente
desperdiçadas pelo Nacional.
Se nos últimos tempos a equipa tem apresentado uma consistência defensiva digna de realce, hoje a tremideira foi constante, mas o que fica para a história é o resultado, e o resto é fogo de artifício.
Como
é óbvio, dado que as contas são feitas no final, que ainda é possível
olhar para cima e vislumbrar a sombra do Braga, mas para ainda ser
viável pensar em chegar ao 3º lugar, mais do que pensar na hercúlea
tarefa de vencer os 3 jogos que faltam, de onde realça a viagem ao
Dragão, ainda teríamos que esperar por uma derrota (ou dois empates) do
Braga, antes da visita a Alvalade. Não é impossível, mas parece-me uma
carambola muito difícil de concretizar.
Como
essas contas são para se ir fazendo, agora há que pensar no jogo de 5ª
feira, esse sim o grande objectivo...desta semana (e quem sabe, do ano).
O
Athletic teve também uma deslocação importante para as suas aspirações
europeias da próxima época e venceu em Santander por 0-1.
Segundo
as crónicas, foi um passeio bilbaíno no Sardinero, mas há que realçar
que, ao invés de Sá Pinto, Bielsa colocou a equipa quase na sua máxima
força, tendo só feito descansar Muniain e Llorente.
Teremos
portanto, na 5ª feira, duas equipas moralizadas mas, como quase sempre
que o Sporting defronta equipas de países de outro nível monetário e de
influência, espero que a 3ª equipa também se apresente a bom nível.
«Vulgarizamos uma grande equipa» diz o Caixinha. A auto-estima faz milagres.Não passa de outro imbecil
ResponderEliminarInfelizmente nada de novo, no discurso que sai da Caixinha. Em Fevereiro deste ano, após a nossa vitória na Choupana, para a Taça de Portugal, foi escrito isto neste blog:
ResponderEliminar"Saltou a tampa da Caixinha...mas afinal não houve surpresa. Surpreendente seria virem reconhecer a justiça da vitória adversária, mais surpreendente seria quando esse adversário se chama Sporting. É que, em circunstâncias de verdadeiros assaltos à mão armada, os treinadores e dirigentes adversários optam por posturas bem mais discretas e submissas. Hoje, da Caixinha saltaram frases como "engolimos sapos vivos", "Existem outras forças que não controlamos nem ambicionamos controlar", "a Académica já estava no Jamor e o Sporting que se apurou, se calhar não hoje, mas já nos primeiros 90 minutos", dando a entender que a vitória foi encomendada.
Era bom que à Caixinha chegassem as imagens do jogo, para não passar por situações embaraçosas. Pode ser que da Caixinha ainda saia um mea-culpa, referindo que o amarelo a Xandão foi injusto (por simulação do avançado nacionalista) que há dois fora-de-jogo mal tirados ao Sporting, com um golo invalidado, que o segundo amarelo a Rondon é justíssimo, a punir um primeiro agarrão continuado e reiterando numa falta sobre Rinaudo, e que o lance sobre Insua talvez seja menos penalti que o que ficou por marcar sobre Matias na Taça da Liga, mas ainda assim é grande penalidade.
Ficarei à espera da próxima conferência de imprensa, para saber se a Caixinha fechou a tampa temporariamente ou se irá reconhecer os méritos do campeão...encomendado!!"
Nada mudou, desde então.
SL