À falta de notícias do Sporting, os desportivos lá vão dando umas pinceladas verdes à custa de Wolfswinkel.
Ora é o interesse em renovar, ora é a possibilidade de sair.
Quanto
à renovação, acho no mínimo curioso que um jogador acabadinho de
chegar, com contrato até 2016, tenha que aparecer insistentemente, por
interpostas pessoas, a dizer que pretende continuar e que está bem e
recomenda-se.
Há já várias semanas é recorrente o seu empresário vir dar conta do estado das negociações e ficámos a saber que ambas as partes discutem, desde o início do ano, a revisão
do contrato do holandês. O objectivo passa por melhorar as condições
salariais do jogador e reforçar a respectiva cláusula de rescisão, que é
de 22 milhões de euros.
Eu
compreendo que o Sporting tente salvaguardar-se para uma hipotética
venda mas, não deixa de ser estranho que, em poucos meses, esse contrato
necessite ser revisto sendo que, se o real interesse de clubes
estrangeiros nos seus serviços não passar de jogada de marketing do
empresário, uma vez mais é o Sporting quem fica a perder .
Pois
bem, uma coisa é certa. Apesar dos 25 golos marcados esta época e do
interesse do Sporting na sua valorização, o certo é que Ricky está longe
de agradar a todos os sportinguistas.
Depois
de há pouco mais de uma década termos acabado um largo jejum, ao qual
entretanto regressámos, tivemos nestes últimos anos avançados para todos
os gostos e críticas. No entanto, a qualidade global sempre deixou
muito a desejar, e a realidade é que poucas foram as vezes que o
Sporting se destacou pela sua capacidade concretizadora.
Aliás, nestes anos a que me refiro, só por duas vezes o Sporting foi a equipa que terminou o campeonato com mais golos marcados. Claro está que uma delas foi no passeio triunfal de Jardel e o outro no ano de Peseiro, onde o Sporting tinha uma mentalidade ofensiva.
Aliás, nestes anos a que me refiro, só por duas vezes o Sporting foi a equipa que terminou o campeonato com mais golos marcados. Claro está que uma delas foi no passeio triunfal de Jardel e o outro no ano de Peseiro, onde o Sporting tinha uma mentalidade ofensiva.
Neste
flashback, é fácil recordar que Beto Acosta não escapou à desconfiança
geral após um começo pouco auspicioso e onde os adjectivos cresciam como
cogumelos.
Já os seus aguadeiros na frente de ataque é que tiveram mais dificuldade de afirmação, e se Ayew ainda deu um contributo valioso, já Spehar serviu quase exclusivamente para constar da estatística.
Depois veio o curto mas prolífico reinado de Jardel, bem secundado por Niculae e onde também figuraram actores bem secundários, como Kutuzov.
Foi a vez de chegar Liedson, e acampou durante quase 8 épocas nas imediações da baliza adversária.
A tenda utilizada era para uma pessoa, pelo que foram infrutíferas as tentativas de partilhar o exíguo espaço por intermédio de Lourenço, Silva, Mota, Saleiro, Pinilla, Deivid, Manoel, Bueno, Alecsandro, Purovic, Derlei, Caicedo ou Pongolle.
Depois chegou Postiga e, provavelmente por se ter sentido melindrado e ameaçado, Liedson pediu para sair.
Podíamos estar perante outro reinado duradouro ou, como Acosta e Jardel, simplesmente memorável.
Já os seus aguadeiros na frente de ataque é que tiveram mais dificuldade de afirmação, e se Ayew ainda deu um contributo valioso, já Spehar serviu quase exclusivamente para constar da estatística.
Depois veio o curto mas prolífico reinado de Jardel, bem secundado por Niculae e onde também figuraram actores bem secundários, como Kutuzov.
Foi a vez de chegar Liedson, e acampou durante quase 8 épocas nas imediações da baliza adversária.
A tenda utilizada era para uma pessoa, pelo que foram infrutíferas as tentativas de partilhar o exíguo espaço por intermédio de Lourenço, Silva, Mota, Saleiro, Pinilla, Deivid, Manoel, Bueno, Alecsandro, Purovic, Derlei, Caicedo ou Pongolle.
Depois chegou Postiga e, provavelmente por se ter sentido melindrado e ameaçado, Liedson pediu para sair.
Podíamos estar perante outro reinado duradouro ou, como Acosta e Jardel, simplesmente memorável.
O
"Matador das Caxinas" não teve muito tempo para demonstrar que seria o
sucessor natural de todos estes goleadores, pois o Zaragoza apercebeu-se
a tempo que poderia ali residir o jogador que iria desviar as atenções do guarda-redes Roberto.
Saudosos esses tempos de Postigol, e até Djalol, que jogava 20 metros
mais atrás e tinha dois tijolos nos pés, conseguia marcar mais golos.
O
"Matador das Caxinas" matou as nossas expectativas jogo após jogo,
matou uma ou outra coruja que sobrevoava o estádio, em noite de
futebol, mas deu vida ao adversário.
Claro está que depois de sair Postiga tudo parece perfeito, e até
acreditámos que Polga se poderia tornar num ponta-de-lança mais
efectivo.
Apareceu
Wolfswinkel, e foi possível voltar a sonhar. Sonhar com um
ponta-de-lança que finalmente encontrasse os caminhos da baliza, que
decidisse jogos e tornasse a equipa novamente temível.
O
holandês agradou a muitos, desiludiu a tantos outros mas, quer-me
parecer que se os números que apresenta são muito positivos, o facto de
não ter tido um único substituto à altura jogou contra ele, e contra o
Sporting.
Todos os
jogadores têm, na época, momentos de menor fulgor (já para não falar em
lesões) e o Sporting delegou num júnior (Rúbio) num coxo (Ribas) e num
louco (Bojinov) a resolução desse problema.
O
Sporting voltou a apresentar uma eficácia de ataque perturbadora e os
47 golos em 30 jogos atestam isso. Nos últimos 5 anos andamos na casa
dos quarenta golos, muito longe dos 66 da época de Peseiro ou dos 74 de
Jardel e C&a.
Urge,
portanto, renovar com Ricky, lavá-lo com água de rosas ou o que quiserem
para que se sinta confortável mas, em simultâneo, é imperioso que venha
alguém que seja muito mais que um suplente.
No Real Madrid, se Benzema não se cuida Higuain rouba-lhe as chuteiras.
No
Sporting não temos jogadores deste calibre, mas deveríamos ter outro do
calibre de Ricky, nem que fosse para dividir as culpas pelos golos
falhados.
Cá esperarei
por novidades, esperando também não ter que queimar mais cromos ... de
jogadores que todos os anos vêm desfrutar do clima de Lisboa.
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