Agora que o Avioncito Montero chegou ao
Sporting, e escolheu o 17 para celebrar os golos, tive curiosidade em saber o
histórico desse número.
Não é que eu seja
supersticioso, mas tudo era mais fácil quando os jogadores entravam em campo
numerados de 1 a 11.
Nessa época, se já
o Sporting tinha óptimas credenciais, o nosso 9 costumava impor ainda maior respeito,
chamasse-se ele Yazalde, Jordão, Manuel Fernandes, Paulinho Cascavel,
Cadete ou Gomes.
Depois surgiu a novidade, e os números ao estilo do jogo do loto trataram de personalizar as camisolas.
Continuámos a ter alguns bons
pontas-de-lança, mas estes deixaram de estar agarrados ao mítico número 9.
Fazendo uma breve retrospectiva, é fácil
constatar que o número escolhido por Montero não traz grandes recordações.
Se no final da década de 90 esse número
foi escolhido por Luís Miguel, o seu sucessor foi o grande jogador que, na
época seguinte, daria o seu precioso contributo para a conquista do título da
época 1999/2000, na opinião de José Diogo Quintela.
Quim Berto.
Já nessa altura, este nosso adepto sportinguista
tinha um humor de fino recorte.
Entrados no novo milénio, o 17 passou de
modo fugaz pelas costas de Vidigal, e por um período de tempo razoável pelo
costado de Paulo Bento.
Já em meados da década, o seu novo dono
seria Douala, que corria a tal velocidade que chegava mesmo a ser difícil visionar o número.
Depois surgiu um largo hiato, em que
ninguém pareceu demonstrar interesse em envergá-lo.
Tudo poderia ter mudado quando Angulo
decidiu resgatar o 17.
É que o jogador teve uma passagem tão
triste por Alvalade, que corríamos o risco de ver o número riscado, para todo o
sempre.
Acontece que outro espanhol decidiu ir ao
fundo do baú e tentar dar-lhe brilho.
Jeffren prometeu muito mas, depois de uma
primeira época para esquecer, na segunda de leão ao peito ficou-se pelo 7
e optou por ceder a camisola a Wilson Eduardo. No entanto, o jovem extremo acabou
por não vestir de verde e branco nesse ano.
A história do 17 vai continuar, apesar do número não trazer grandes recordações, mas as estatísticas existem para serem contrariadas.
Curioso é verificar que no plantel deste
ano ainda ninguém decidiu ostentar o 10, outro número mítico.
Será que está reservado para alguém, ou também está perdido no fundo do baú?
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