As notícias de hoje continuam a colocar o central Ricardo
Costa no radar do Sporting.
O próprio jogador já confirmou que houve abordagens com os
seus representantes, pelo que podemos estar perante uma possibilidade e não um
mero boato.
Seja qual for o desfecho deste interesse, Ricardo Costa nunca
será consensual.
Para uns será um central experiente, com passagens por alguns
campeonatos competitivos.
Para outros será um central velho, que andou por equipas
medianas.
Para uns será um jogador com raça e entrega.
Para outros será um jogador sem a velocidade de outros
tempos.
Para uns será um defesa que poderá dotar a defesa de mais
agilidade de processos.
Para outros será um defesa baixo, que poderá trazer mais
problemas nas bolas paradas.
Para uns será um jogador com 14 títulos no seu currículo.
Para outros será um jogador que só venceu um título, desde
que saiu dos corruptos.
Para uns será mais um sportinguista a vestir finalmente a
camisola leonina.
Para outros será mais um ex-jogador do porto.
Numa altura em que a equipa e a defesa leonina passam pelo
seu melhor momento, o nome de Ricardo Costa será encarado como uma solução de
recurso.
Se tivesse sido há um mês atrás, quando Talocha fez o jogo da
sua vida, Ricardo Costa seria aceite sem pestanejar.
No entanto, a história mais recente indicia que só teremos
novidades no final do fecho do mercado. Enquanto as outras equipas já começaram
a remendar os erros diagnosticados, o Sporting tem por hábito esticar o período
de transferências até à última badalada.
Ontem, por exemplo, ficámos a saber que Iuri e Fokobo foram cedidos ao Arouca, mas neste caso (como ontem tive oportunidade de referir) teria sido preferível adiar o empréstimo até à data de encerramento do mercado.
Ontem, por exemplo, ficámos a saber que Iuri e Fokobo foram cedidos ao Arouca, mas neste caso (como ontem tive oportunidade de referir) teria sido preferível adiar o empréstimo até à data de encerramento do mercado.
É que o Sporting desloca-se a Arouca no primeiro dia de Fevereiro
e, dado que o clube não tem por hábito recorrer a estratagemas utilizados por
outros para impedir que os seus atletas defrontem a casa-mãe, teria sido
coerente dificultar a utilização dos referidos jogadores contra o nosso clube.
Também os rivais vão fazendo os seus ajustamentos, mas a
torneira de onde saía dinheiro com abundância parece estar apenas a pingar.
Por isso também estes estão muito mais comedidos e a olhar
para a prata-dourada que possuem no seu cofre, mas que passa perfeitamente por ouro
aos olhos dos leigos, desatentos ou optimistas.
Parte deste optimismo assenta na ideia de que Jesus continua
a ter o toque de Midas, e transforma tudo o que toca em ouro.
Coentrão continua a liderar este verdadeiro mito, mesmo que o
próprio Jesus já não tenha feito mais que transformar em calhaus os seguintes
20 laterais esquerdos que lhe passaram pelas mãos, após a saída do caxineiro.
Hoje mesmo pude ler o central José Fonte referir que “Jesus
vai fazer de Rui Fonte o melhor avançado de Portugal”.
Obviamente seria muito bom para a selecção nacional, porque
Portugal não tem nenhum ponta-de-lança. Entre 0 e 1, seria óptima a segunda
hipótese, mas como sportinguista não ficaria satisfeito, porque ia contra os
nossos interesses.
No entanto, há não muito tempo o próprio Jesus terá dito
“Faço de Djaló grande jogador”…com os resultados que se conhecem.
Depois de lhe ter falhado a magia com os laterais esquerdos,
parece que com alguns avançados o seu toque é um toque de Mirdas, porque Nélson
Oliveira, Ivan Cavaleiro ou Bebé também não beneficiaram das suas artes
mágicas.
Parece que, de vez em
quando, o toque de Midas parece mais um toque rectal.
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