Sportinguista que se preze gosta sempre de ver a sua equipa ganhar.
Seja no andebol, hóquei ou futsal, equipa A, equipa B ou juniores,
campeonato, Taça de Honra, Taça da Carica ou Torneio do Guadiana.
Era esse o interesse de hoje.
Ver de novo o Sporting vencer, mesmo que se apresentasse com a equipa
B numa competição desprezada pela estrutura leonina.
O jogo teve poucos motivos de interesse e foram raros os momentos de
perigo junto à baliza boavisteira.
Ainda assim, os jovens leões ainda conseguiram meia dúzia de bonitos lances
de entendimento e duas ou três ocasiões para resolver o jogo com mais
antecedência.
De qualquer modo não se podem tirar grandes ilações do jogo porque o
grupo de jogadores às ordens de Petit é das piores equipas que me recordo de
ver jogar numa primeira divisão.
Na manobra ofensiva, então, é um deserto de ideias tão grande que bem
podiam candidatar-se a realizar o próximo Dakar.
Apesar de não me considerar um modelo em termos de optimismo, durante
o jogo fui prognosticando que, mesmo com 10, acabaríamos por vencer o jogo…e
que a bola apenas entraria na nossa baliza através de um auto-golo.
Dá a ideia que Petit deve ter faltado às aulas de organização ofensiva,
e já enquanto jogador também ficava com os fusíveis queimados cada vez que
tinha que passar da linha de meio campo.
Mas aquela gente não faltou às aulas de confundir a opinião pública.
Deste modo, foi com desbragada naturalidade que consideraram que o
resultado mais justo seria o empate, que durante a primeira parte estiveram por
cima do Sporting, que a grande penalidade que favoreceu o Sporting não existiu,
e que ficou por marcar um penálti a favorecer a sua equipa.
A minha única dúvida é se eles acreditam em fadas e, também, naquilo
que dizem.
Quanto à equipa leonina, Boeck apenas
recebeu alguns atrasos e saiu a soco a um cruzamento. Não teve que fazer uma
única defesa. Se a noite estivesse mais fria talvez tivesse preferido ficar em
casa, à lareira.
Quanto aos laterais, Miguel Lopes sempre muito mais afoito no ataque,
mas o dia não lhe correu bem. Muitos passes falhados, mas a entrega de sempre.
Geraldes cometeu menos erros mas também foi mais comedido nas suas
incursões pela ala.
A dupla de centrais teve pouco trabalho, mas desta vez Sarr esteve
mais seguro que Tobias.
Rosell fez circular a bola com fluidez, e quase fez circular o
tornozelo do Cech. Viu o vermelho aos 60 minutos mas se tivesse visto três
minutos antes não escandalizaria.
Escandalizaria, sim, que o árbitro tivesse o mesmo critério noutras
entradas mais ríspidas dos jogadores axadrezados. Aliás, uma equipa de Petit
fazer só 8 faltas durante o jogo deverá dar entrada no Livro dos Recordes.
Slavchev esteve ao seu nível, apesar de já ter conseguido ligar 3 ou 4
passes com os colegas.
Gauld continua a aguçar-me o apetite de como poderá integrar-se numa
equipa com outros valores individuais e mais letal no ataque.
Esgaio esteve um pouco mais activo e eficiente que Podence, que deu
quase sempre um toque a mais na bola.
Tanaka voltou a decidir o jogo, e entregou-se de corpo e alma os 90
minutos.
Sacko jogou 25 minutos mas praticamente só o vimos ocupar espaço.
Wallyson rendeu Slavchev e o meio campo não ganhou mais clarividência
porque a equipa B já jogava com 10.
Rabia entrou perto do minuto 90 e passados 3 minutos estava no duche.
Digo eu. Às tantas nem tomou banho.
Com esta vitória, o Sporting alcança a sua 7ª vitória consecutiva, o
6º jogo sem sofrer golos e mesmo com segundas e terceiras linhas, o Sporting
estará perto das meias-finais da competição.
Claro está que, caso tal aconteça, a equipa terá o seu destino traçado
pois teria que jogar no Estádio da Lã…pelo que é ir aproveitando estes momentos
de competição para fazer crescer os miúdos.
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