Longe parecem ir os tempos em que se ridicularizaram as cláusulas de rescisão dos jogadores do Sporting pela comunicação social, bem como pela generalidade dos adeptos.
Talvez por haver mais matérias com que gozar, no presente.
Apesar do Sporting ainda viver com o drama de não ter sabido precaver o futuro de alguns jogadores, pareceu mais oportuno (e talvez oportunista) colocar em causa valores que, sabemos nós, visam apenas restringir o apetite de alguns.
Raras vezes foram colocadas em causa as cláusulas de jogadores de outros clubes portugueses.
Nem sequer quando apenas pontualmente tenham saído pelos valores contratualizados.
Cardozo chegou a ter uma cláusula de 60 milhões, mas acabou por sair por 5,5 milhões.
O fabuloso Hulk atingiu uma cláusula de 100 milhões, mas saiu por menos de metade desse valor.
David Luiz tinha uma cláusula de 50 milhões mas saiu por metade desse valor.
Mas o que de facto incomoda os media e os adeptos, sejam eles sportinguistas ou dos rivais, é a cláusula fixada aos nossos jogadores, supostamente por serem drasticamente desproporcionais ao seu valor de mercado.
Mas os jornais e alguns adeptos estão sempre a tempo de dar a mão à palmatória.
O Rascoff de hoje dedica uma página a André Gomes, a quem apelida de “O miúdo 150 milhões”, e concede-lhe a medalha de prata no habitual quadro de mérito.
Pelos vistos, assim num abrir e fechar de olhos, o médio (que apenas fez um total de 14 jogos no nosso campeonato em duas épocas) verá o seu valor de mercado disparar e ficar proporcional ao seu valor desportivo.
Sim, porque o rapaz valerá mesmo esse dinheiro todo.
Se tivermos em conta que Ronaldo foi contratado por menos de 100 milhões, compreendemos que é um valor justíssimo.
Além disso, os jornais deixam cair a hipotética desproporção que em tempos apontaram.
Estamos perante mais um golpe de rins jornalístico, que só credibiliza os seus autores.
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