O Sporting
joga hoje com o Famalicão para os 1/4 final da Taça de Portugal.
Este
encontro poderá manter vivas as esperanças no objectivo mais tangível da época.
Todos
somos conscientes que, apesar do campeonato ainda não ter chegado a meio, este
é um objectivo praticamente impossível de alcançar.
Não estamos propriamente em Inglaterra, onde o Manchester United se assumiu
como candidato com os tais 10 pontos de diferença do líder, números que, por
cá, todos julgam(os) inultrapassáveis.
Na Premier
League até os poderosos e ricos plantéis de Chelsea ou City parecem estar ao alcance
de qualquer adversário.
Já
na pobre Liga portuguesa qualquer adversário sabe com que linhas se cosem as
competições…ou em que tachos se cozem as vitórias.
Por
esse motivo é que o Chelsea levou recentemente 5 passas do Tottenham, depois de
já ter perdido pontos com os medianos Newcastle, Sunderland ou Southampton.
Por
cá, com um plantel a roçar a mediocridade, a lampionagem perdeu pontos apenas com
Sporting e Braga, praticamente no fecho da primeira volta.
Quase
tão complicado quanto o campeonato apresenta-se, a meu ver, a Liga Europa.
Numa
competição de mata-mata tudo é possível, mas a qualidade do vice-líder do
campeonato alemão e da panóplia de boas equipas ainda presentes na competição
antevêem uma tarefa demasiado complicada para a qualidade e extensão do nosso
plantel.
Se poucos
são os que (cautelosamente) dão a conquista da Taça de Portugal como
garantida, tendo Famalicão, Marítimo ou Nacional e, possivelmente, o Braga no
nosso caminho, não entendo como se pode afirmar (como tenho lido com
frequência) que somos sérios candidatos a vencer a competição europeia quando
nela encontramos nomes como Nápoles, Zenit, Roma, Valência, Sevilha, Tottenham,
Fiorentina, Inter ou Liverpool, entre tantos outros.
Noutro
nível de comprometimento encontramos a Taça da Carica.
A
estrutura leonina parece não a encarar com a seriedade de outros anos e, deste
modo, não deverá ser vista como um objectivo para a época em curso.
É
com este cenário que chegamos ao jogo de hoje que, pelos motivos explanados,
confere-lhe um interesse redobrado.
No
entanto, Marco Silva poderá esbarrar em diversas incógnitas.
Logo
à partida, a quantidade de jogos que terá que efectuar nos próximos dois meses,
praticamente sem direito a folgas.
Serão
15 (ou 16) jogos em 2 meses, onde se incluem jogos com Braga, porto, benfica e
wolfsburgo, entre muitos outros de maior ou menor dificuldade.
Apesar
de podermos realizar mais 4 ou 5 jogos neste período do que os principais
adversários para o campeonato, o Sporting terá os jogos da Taça da Carica para
fazer descansar os jogadores mais utilizados, mas é fácil constatar que não há
muito por onde espremer o plantel.
Em
sentido contrário encontra-se uma outra encruzilhada. É que mesmo que o título
seja uma miragem, a presença na Champions afigura-se como uma prioridade e uma
obrigação para o clube.
Por
isso, provavelmente, o Sporting jogará hoje com o Famalicão um jogo fundamental
mas com Braga no pensamento, outro jogo onde não se poderá falhar.
Foi
necessário um “golpe de asa” para ter Nani disponível para esse jogo, mas hoje
não se pode correr o risco de perder Carrillo, William, Jefferson ou qualquer
outro dos titulares indiscutíveis.
O
Sporting terá a obrigação de, mesmo com metade dos titulares de fora, vencer a
equipa famalicense sem passar pelo sofrimento da última eliminatória.
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