quarta-feira, 21 de março de 2012

Camuflagem

Regra geral, neste espaço só comentamos ou analisamos assuntos relacionados com o Sporting. Por vezes a vontade para nos alongarmos por outras realidades é enorme, mas temos conseguido afastar-nos dessa tentação.
Numa semana que tem corrido do pior modo, tanto pelo resultado da equipa principal, como pelas réplicas desse pequeno terremoto, saltou para as primeiras páginas a arbitragem desse jogo e a posição oficial dos nossos responsáveis à pouca vergonha que teima em ganhar contornos de escândalo.
Esta semana ficou marcada também pelas declarações de Domingos (já tardava em comentar a actualidade leonina), pelo documento de José Eduardo, por outro de Bruno de Carvalho...enfim, o normal no universo sportinguista, quando a equipa não ganha (sim, eu sei que alguns já tinham agendadas as iniciativas antes do jogo).
No entanto, como não me apetece choramingar com tanta tristeza, e como o tema arbitragem ainda fervilha por todas as publicações, não fiquei indiferente com as notícias da divulgação  na internet dos dados dos 25 árbitros mas, principalmente, não pude deixar de esboçar um sorriso pelos conselhos dirigidos aos juízes das competições profissionais.
Assim, e passo a citar "O presidente da APAF garantiu que os 25 árbitros já foram aconselhados a alterarem, tanto quanto possível, os dados pessoais agora divulgados, entre os quais números de telefone, moradas, nome de familiares, números de contribuinte e números de contas bancárias."
Se consigo compreender que alterem uma profusão de dados que se querem privados, o facto de proporem que alterarem os nomes dos familiares é que me provoca alguma confusão.
Será que basta alterarem os nomes do pai, mãe e avós...ou também terão que alterar os nomes dos filhos?Até que geração deverá esta medida ser adoptada?
Aliás, eu acho que, em primeiro lugar, deveriam ser os próprios árbitros a mudar de nome. E a usar bigode!!
Não é que, passados 5 minutos de uma arbitragem "à Paixão" não desconfiássemos quem estava ali a calcorrear o relvado, mas já seria bom não vermos o seu sorriso sarcástico, por detrás de um bigode farfalhudo. José Pratas, por exemplo, sempre se deu bem com o seu bigode, e até chegou a ter de fugir à frente de uma legião de fãs, do F.C. Porto.
Vamos ver o alcance destas propostas da APAF mas vai, com certeza, haver uma procura desenfreada aos Centros de Identificação deste peculiar país.



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