sábado, 24 de março de 2012

Capelli e Dalila


"Nós somos o Sporting e jogamos em casa"
Esta frase "de combate" do nosso treinador, na antevisão do jogo desta noite, contra o Feirense, confirmou-se. Realmente, o Sporting jogou em casa, e a equipa apresentou-se com o equipamento tradicional.
De resto, muito pouco, para quem esperaria uma exibição como a que nos presentearam, quando o Guimarães visitou Alvalade. Aliás, o registo de hoje já é quase uma imagem de marca, venham cá os milionários de Manchester ou os últimos classificados do campeonato português.
Pessoalmente, não estava à espera nem de muito, nem de pouco, simplesmente pretendia uma vitória, como é sempre o meu desejo, mas no caso concreto era importante não intranquilizar a equipa e motivar os adeptos para o jogo da próxima 5ª feira. Não acredito que estes últimos tenham saído do estádio com motivos para grandes recordações, mas salvou-se o resultado.
Apesar das palavras de Sá Pinto, no final do jogo, onde volta a referir o cansaço acumulado pela carga de jogos, num curto espaço de tempo, acredito que algo mais poderia ter sido feito, principalmente para não ter que jogar os últimos minutos com o coração nas mãos, e o credo na boca.
Aliás, crendo que o cansaço é o principal óbice a uma actuação mais lustrosa, então iríamos ter na recepção ao Metalist uma equipa ainda mais cansada mas...não acredito nisso.
Para a obtenção deste resultado, valeu também esta equipa da Feira, que veio demonstrar porque ocupa a posição mais ingrata, e porque também se destaca como a equipa menos concretizadora. O Sporting, voltou a demonstrar uma relativa solidez defensiva, mas também saltou à evidência que, com caudal ofensivo tão escasso e eficácia tão reduzida, dificilmente poderíamos aspirar a outros lugares.
Sou da opinião que temos sido absurdamente prejudicados no capítulo arbitral, que deveríamos estar muito mais próximo das decisões do campeonato, mas parece-me pouco credível que uma equipa com 37 golos ao fim de 24 jornadas (11 deles em 2 jogos), pudesse ser um sério candidato.
Não vou entrar em análise detalhada dos momentos do jogo, simplesmente realçar que, mesmo sem deslumbrar, algumas triangulações e movimentos ofensivos fizeram os adeptos despertar do seu leve sono, mas a má decisão na hora da finalização ou na tomada da melhor opção adiaram a tranquilidade, dentro e fora do campo.
A segunda parte trouxe um Feirense mais descomplexado, mas mesmo que Quim Machado advogue que mereciam o empate, não me recordo de uma oportunidade de golo flagrante, para lá de aproximações mais frequentes à nossa baliza e cruzamentos que causaram alguma apreensão.
Quanto a destaques individuais, diria que a dupla de centrais esteve na globaliade acertada, que João Pereira talvez tenha sido o nosso mais acutilante elemento de ataque e que Capel, ao contrário de Sansão, o corte de cabelo parece ter-lhe dado uma renovada força.
Por esta ordem de ideias, todos a cortar o cabelo, para 5ª feira!!

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