As publicações desportivas têm que arranjar um eficaz jogo de cintura para tentar cativar os seus leitores, diariamente.
É
sobejamente conhecida a predilecção de alguns por determinados clubes,
em detrimento de outros, sendo que não há nenhum jornal ou
televisão que nutra simpatia especial pelo Sporting.
Não bastava não
termos, nem se vislumbrar um canal de televisão próprio, ainda temos que
andar em guerras e disputas por notícias que visam enfraquecer-nos,
enquanto outros fazem geralmente capa com o que interessa aos seus
adeptos, bem como outras notícias que não interessam nem às famílias dos
visados.
Este tratamento diferenciado sempre me causou
estranheza, pois se para além de "informar", estes meios de comunicação
também pretendem ser viáveis financeiramente, o facto de tentarem
inferiorizar um clube com largos milhões de adeptos não parece uma
estratégia inteligente.
Com a contribuição de minha parte, quem acompanha este blogue sabe-o, não contam.
Mesmo que, globalmente, sejam parciais e pouco éticos,
não têm aparentemente nenhuma guerra declarada ao Sporting, nem há
frentes de batalha activas, excepto quando o Sporting se põe a jeito.
Assim,
também há que adoçar a boca do fiel adepto sportinguista, todos aqueles
que ainda compram os jornais desportivos, numa hábil manobra de
aparente idêntico tratamento. Por isso, temos acesso também. quando
Cardozo não fez nada de especial nesse dia, ou aproveitando o facto de
Hulk ter ido ao dentista, a saber das banalidades dos jogadores
leoninos.
O tal jogo de cintura que falei no início tem que ser
bastante imaginativo, e os adeptos agradecem por poder ocupar o seu dia,
ficando a saber de pormenores dos seus ídolos, por pouca importância
que possam ter.
Já nos habituámos, há anos, a ter telejornais que
debitam 20 ou 25 minutos de notícias que podem ter interesse, e os
restantes 40 ou 50!!! minutos são a extensão do jornal O Crime, o
Correio da Manhã ou O Jornal do Incrível. Longe vão os tempos dos telejornais de 30 minutos, pois a luta pelo share e audiências a isso obriga.
Os jornais desportivos também têm 3 ou 4 páginas de interesse, e o resto é papel para embrulhar copos (para não fazer alusão a hábitos de higiene quando falha o papel higiénico ou o papel de embrulho).
Os jornais desportivos também têm 3 ou 4 páginas de interesse, e o resto é papel para embrulhar copos (para não fazer alusão a hábitos de higiene quando falha o papel higiénico ou o papel de embrulho).
Como
de quando em vez também gosto de saber o que não interessa, hoje pude
ler, online, claro está, que Matias Fernandez precisa de mimo.
Ainda pensei no popular tarifário de rede móvel, mas uma leitura mais atenta deu para desvendar que o chileno é muito sensível e precisa de ser acarinhado pela equipa técnica.
Diz também o referido jornal que..."Matías Fernández é um jogador que tem especial
necessidade de se sentir acompanhado e apoiado pela equipa
técnica, tal como já confidenciaram a O JOGO treinadores
que orientaram El Crá no Chile. O médio acusa os maus
momentos e carece de especial acompanhamento psicológico.
Conhecedor do perfil do internacional chileno e sempre preocupado em
injectar moral no conjunto,Ricardo
Sá Pinto conseguiu transmitir a confiança que El
Crá tanto gosta de sentir. Tal factor não será
estranho à maior regularidade e influência demonstradas
pelo atleta nos últimos tempos".
Ao ler esta passagem fiquei
preocupado, por saber que Matias pode ter ataques de ansiedade ou
qualquer outro efeito secundário, caso não tenha o acompanhamento
adequado.
Todos nós reparámos na subida de rendimento do chileno,
mas pensava estar relacionado com o posicionamento que agora ocupa no
campo, na subida de rendimento global da equipa, e em índices físicos
ligeiramente superiores.
Afinal, parece que o segredo está no acompanhamento psicológico.
No entanto, já Domingos devia ter algum tipo de atenção pois, em circunstâncias normais,
quando Bojinov empurrou Matias para marcar a grande penalidade da
desgraça, o chileno deveria ter feito uma birra, ou deveria ter chorado
compulsivamente, agarrado à bola.
Como nada disto aconteceu, acredito piamente que já lhe tinham lido o último livro de Eduardo Sá umas 15 vezes.
Como nada disto aconteceu, acredito piamente que já lhe tinham lido o último livro de Eduardo Sá umas 15 vezes.
E uns beijinhos e umas palmadinhas nas costas, também !!
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